Durante o período eleitoral, desmatamento explodiu na Amazônia
O desmatamento na região aumentou 48,8% em relação ao mesmo período do ano passado
Por: Isabela Alves
O desmatamento na região amazônica cresceu 48,8% de agosto a outubro de 2018, meses da campanha eleitoral, em comparação com o mesmo período em 2017. Os dados são do Deter B, projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora o desmatamento em tempo quase real para subsidiar a fiscalização ambiental.
Segundo o levantamento, a floresta perdeu 1.674 km² nesses três meses, área quase equivalente ao município de São Paulo. O principal aumento no desmatamento ilegal ocorreu na divisa entre o Acre e o Amazonas, em região de influência da BR-364. Nesses estados, os saltos foram de 273% e 114%, respectivamente, e a pecuária é apontada como principal culpada.
58% das áreas mais desmatadas são as propriedades privadas ou áreas em estágios de posse. Em seguida, aparecem os assentamentos de reforma agrária (24%) e unidades de conservação (14%). O desmatamento em terras indígenas (TI) representa apenas 4% do total.