El Niño deixa 26,5 milhões de crianças passando fome na África
Um estudo divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revela que a fome, a desnutrição e doenças estão atingindo a população da África Austral e do leste do continente africano.
O relatório destaca que este El Niño foi um dos mais fortes registrados, causando as maiores temperaturas dos últimos 130 anos, além de secas severas e inundações. O El Niño chegou ao fim, mas 26,5 milhões de crianças africanas vão continuar sofrendo com a fome e doenças.
A insegurança alimentar também prejudica os portadores de HIV, especialmente no sul da África. Os pacientes acabam não tomando o antirretroviral de estômago vazio e usam os recursos limitados para comprar comida ao invés de pagar transporte para o posto de saúde.
O UNICEF explicou, ainda, que o acesso à agua potável ficou escasso em muitos países, o que levou ao aumento de casos de dengue, diarreia e de cólera.
O El Niño também causou problemas no Brasil, criando condições para a reprodução do mosquito transmissor de zika, dengue e febre amarela.
Os fenômenos El Niño são alterações significativas de curta duração (15 a 18 meses) na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com profundos efeitos no clima.