Empresário doa sua empresa avaliada em R$ 15,5 bilhões para caridade
Yvon Chouinard resolveu doar para um fundo de caridade a Patagonia, sua marca de roupas esportivas para atividades ao ar livre.O negócio chegou a ser avaliado em US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15,5 bilhões). Ele diz que sempre teve entre suas preocupações o meio ambiente.
Yvon Chouinard, que até setembro do ano passado tinha um “bilionário” sempre cravado ao lado de seu nome, resolveu doar para um fundo de caridade a Patagonia, sua marca de roupas esportivas para atividades ao ar livre.
Com o desenvolvimento de seu próprio material, na década de 1970, ele fundou a Patagonia. O negócio chegou a ser avaliado em em US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15,5 bilhões). Ele diz que sempre teve entre suas preocupações o meio ambiente.
Yvon Chouinard já havia definido que qualquer lucro não reinvestido na administração do negócio seria voltado à luta contra o aquecimento global. Isso equivaleria a US$ 100 milhões (mais de R$ 500 milhões) por ano, segundo a BBC. No entanto, em setembro do ano passado ele anunciou a doação da Patagonia.
“Apesar de sua imensidão, os recursos da Terra não são infinitos, e está claro que ultrapassamos seus limites. Em vez de extrair valor da natureza e transformar isso em riqueza, estamos usando a riqueza que a Patagonia cria para proteger a fonte”, disse Yvon.
Mesmo rico, preferiu uma vida simples: sem celular e computador e dirigindo um carro simples, da Subaru. A Patagonia ficou famosa após publicar anúncio nas mídias pedindo que as pessoas não comprassem seus produtos.
A antipropaganda vinha com a frase “Don’t Buy This Jacket” (“Não compre esta jaqueta”). A ideia era mostrar que o consumo exagerado é um dos vetores da destruição do planeta. Após denúncias de maus tratos a ovelhas em 2005, a empresa trocou de fornecedores de lã na Austrália e Argentina e criou um sistema para rastrear o produto e evitar esses casos.
Em 1994, foi a primeira empresa dos Estados Unidos a vender vestimentas feitas totalmente de material reciclável — era mais caro produzi-las, mas o crescente interesse ambiental dos jovens fez a demanda aumentar e os custos foram reduzidos. Desde 2005, a marca aceita roupas usadas de seus clientes como parte do pagamento por novos produtos.
Yvon Chouinard deixou a lista de super-ricos da Forbes de 2023 e se dedica totalmente com ações para salvar o meio ambiente.
Fonte: UOL