Empresas ligadas à B3 deverão ter mais diversidade
Audiência pública levou propostas para que companhias ligadas à bolsa de valores brasileira, B3, aumentem a diversidade e a representatividade em seus cargos de liderança. Sugestões do mercado e da sociedade podem ser feitas até 16 de setembro
Por Iara de Andrade
Pessoas com Deficiência ocupavam 523,4 mil postos de trabalho em 2019. No ano seguinte, esse número encolheu para 495,8 mil. São dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Ainda sobre 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) apontou que uma em cada quatro pessoas com deficiência, com idade para trabalhar, estava desocupada; mais que o dobro de pessoas sem deficiência.
Pensando em garantir mais postos de trabalho para pessoas com deficiência nos cargos de administração, foi realizada uma audiência pública, no último 17, para que as empresas listadas na bolsa de valores brasileira (B3) aumentem a diversidade em seus cargos de liderança. Espera-se que os Conselhos de Administração e/ou as Diretorias das companhias sejam compostas por, pelo menos, uma mulher e/ou um membro de grupos minorizados (pretos, LGBTQIA+ e PcDs).
Renata Fridman, advogada e empreendedora social na BasicX.199, negócio de impacto social que fomenta o empreendedorismo e geração de renda para pessoas com deficiência, sobretudo intelectual, diz que: “É salutar a inclusão da pessoa com deficiência (PcD) no edital da B3. De fato uma preciosa oportunidade para discutirmos diversas práticas do mercado”.
Dentre as novas regras está a inclusão de pessoas com deficiência, uma vez que o documento apenas solicitava informações sobre gênero, cor ou raça, faixa etária e demais indicadores de diversidade entendidos como relevantes pelo emissor.
A audiência pública está aberta a propostas e sugestões do mercado e da sociedade até o dia 16 de setembro. Os comentários podem ser enviados para o email [email protected]. O conteúdo pode ser consultado no link.