Energia limpa: ação social sustentável impede fechamento de ONG
As ondas de calor extremo colocaram em risco o funcionamento de uma ONG em Campo Grande; em uma ação solidária e sustentável, o Instituto Phi e o Instituto Profarma instalaram placas solares na organização, garantindo o atendimento de 800 famílias por meio do uso de energia limpa
Da Redação
As altas temperaturas ebateram recorde no Brasil. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, 2023 foi o ano mais quente da história e, em 2024, o calor será ainda maior, colocando em risco não somente a saúde e bem-estar das pessoas, mas também o funcionamento de ONGs.
O Núcleo Especial de Atenção à Criança (NEAC), ONG localizada em Campo Grande, correu o risco de encerrar o atendimento a 200 crianças e 800 famílias em situação de vulnerabilidade por causa das altas contas de energia elétrica. No entanto, o problema foi resolvido com uma solução sustentável: o projeto “Boas Energias”, que instalou 34 placas solares na sede da organização, com apoio dos Institutos Profarma e Phi.
“Perdemos a isenção que tínhamos no pagamento de energia elétrica durante anos e passamos a arcar com um alto custo de conta de luz, o que dificultou todo o trabalho que vinha sendo realizado no atendimento diário de crianças, adolescentes e famílias. Chegamos a pensar em encerrar todos os atendimentos, mas foi nesse momento que o Instituto Profarma e o Instituto Phi nos ajudaram com a instalação da energia solar”, ressalta Selma Pacheco, fundadora e diretora do NEAC.
A ONG atende diariamente 200 crianças, proporcionando o acesso à educação, esporte e cultura. São oferecidas oficinas de informática, inglês, futsal, judô, balé, jazz e meio ambiente, além do apoio pedagógico lúdico em matemática e português. A organização ainda realiza trabalhos de assistência social e psicológica para 800 famílias da comunidade.
Para Deborah Birmarcker, presidente do Instituto Profarma, a realização em conjunto potencializa o impacto positivo. “Este é um exemplo de como o trabalho em rede impulsiona a responsabilidade socioambiental. O resultado disto é a construção de comunidades mais sustentáveis e justas. Quando atuamos juntos, o potencial de impacto é ainda maior”.
O ODS 7 da Agenda 2030 propõe o uso de energia limpa e acessível; além de possibilitar o funcionamento da ONG, a ação contribui para uma sociedade mais sustentável e o alcance da meta da ONU.