Estado de São Paulo tem aumento de 86% de doadores de órgãos
O número de doadores de órgãos no estado de São Paulo cresceu 86% entre os dias 20 e 26 de agosto, em comparação com a mesma semana do ano passado.
O número de doadores de órgãos no estado de São Paulo cresceu 86% entre os dias 20 e 26 de agosto, em comparação com a mesma semana do ano passado. O aumento aconteceu após a repercussão da necessidade de transplante do apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão.
Para o governo do estado, o crescimento se deve às campanhas de estímulo à doação, além dos casos de grande repercussão na mídia.
Faustão recebeu um novo coração em um transplante no último domingo (27/08). O doador foi Fábio Cordeiro da Silva, que morreu no sábado (26), vítima de um AVC (acidente vascular cerebral).
O número de doadores de órgãos no estado de São Paulo cresceu mais de 10% em 2023, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. De janeiro a 30 de agosto deste ano, houve 696 doadores e, no mesmo período do ano passado, o total ficou em 631.
Em relação aos procedimentos realizados, também houve alta de 10,5%. Foram feitos 5.077 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rins e córneas no estado de São Paulo neste ano. Em 2022, foram 4.592 procedimentos.
Para ser um doador de órgãos basta comunicar a família sobre esse desejo. No caso de pessoas mortas, a autorização para a doação deve ser dada por familiares com até o 2º grau de parentesco. No último ano, as recusas de autorização da doação por parte das famílias caíram de 41% para 38,6%.
A gestão do cadastro técnico dos potenciais receptores de órgãos doados é feita pelo Sistema Estadual de Transplantes (Central Estadual de Transplantes). Todo paciente que precisa de um transplante é inscrito nesse cadastro e uma equipe faz o acompanhamento durante a etapa anterior ao procedimento e também depois dele.
A central faz a distribuição dos órgãos de acordo com alguns critérios definidos por lei, como igualdade do grupo sanguíneo ABO, seguido de compatibilidade; o tempo de inscrição do receptor (classificação por ordem cronológica de inscrição); relação antropométrica (como peso e altura) entre doador e receptor e, para casos graves, com risco iminente de morte, situações de priorização.
O Brasil foi o país que criou e mantém o maior sistema público de transplantes no mundo. O país é o segundo que mais realiza esse tipo de procedimento, atrás apenas dos Estados Unidos, que é privado. Em 2022, foram quase 26 mil cirurgias de transplante no Brasil, entre os quais, 359 de coração.
A Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu uma série de objetivos ambiciosos no ano de 2015 por meio de um “Pacto Global”, que envolve os seus 193 países membros. O projeto da ONU contempla 17 ODS, ou seja, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O sistema de transplante do Brasil está alinhado ao ODS 3 que fala sobre assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
Fonte: R7