Estudo apresenta dados sobre os impactos do home office no país
De acordo com estudo da FGV, 56% dos trabalhadores que estão fazendo home office têm dificuldades para manter a rotina equilibrada
Por: Mariana Lima
O Centro de Inovação da FGV-EAESP realizou um estudo para mostrar o estado de profissionais que tiveram de adaptar suas rotinas para trabalhar em sistema home office durante a pandemia de Covid-19.
De acordo com o estudo, 56% dos entrevistados relataram enfrentar dificuldades para manter uma rotina equilibrada. Os desafios se tornam maiores para aqueles que nunca tiveram a experiência de trabalhar de casa (32,5% dos entrevistados). Apenas 21% dos que estão realizando o trabalho remoto pela primeira vez não relataram dificuldades.
40,7% dos entrevistados já tinham tido alguma experiência anterior de trabalhar ao menos um dia da semana em casa.
Com auxilio de ferramentas online, a comunicação foi classificada como o desafio mais fácil de ser enfrentado. Ao todo, 58% dos entrevistados estão fazendo uso do aplicativo Zoom.
O levantamento ainda revelou que para 45,8% dos participantes a carga de trabalho aumentou, enquanto 31% indicaram que permanece igual. Para 23,1%, a jornada de trabalho foi reduzida. A pesquisa também especificou essa ocorrência em relação ao salário recebido.
Para 52,8% dos participantes que recebem acima de 15 salários mínimos, houve aumento da demanda. Já para 51,5% dos que recebem menos de três salários mínimos, houve uma queda.
Esse cenário potencializou a queda na confiança entre 45,8% dos entrevistados de que conseguiriam manter seus empregos, afetando diretamente a concentração em suas tarefas.
Entre aqueles que não estão nem confiantes e nem desconfiados de que permanecerão em seus empregos (30,9%) e os que estão confiantes de que continuarão em suas funções (34%), a concentração é um dos menores problemas.
No mercado das startups, 32,5% das pessoas que trabalham na área acham difícil manter a produtividade. O número aumenta entre funcionários de multinacionais (49,6%) e empresas nacionais (42,7%).
Foram ouvidas 464 pessoas de todo o país, entre os dias 13 e 27 de abril. A pesquisa também apontou que a geração Baby Boomers (nascidos entre 1940 e 1960) é a que vem lidando melhor com o home office em comparação com a geração Z (que nasceu junto com o mundo digital, a partir de 1995).
Para efeito de comparação, 82,6% dos entrevistados da Geração Z enfrentam problemas para ter uma rotina com horários equilibrados, contra 42,1% dos entrevistados da Geração Baby Boomers.
Fonte: TAB UOL