Eventos climáticos extremos mataram 2 milhões de pessoas em 50 anos
A Organização Meteorológica Mundial contabilizou mais de 11 mil eventos como secas, enchentes, deslizamentos de terra, tempestades e incêndios de 1970 a 2019
Por: Isabela Alves
Um relatório publicado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontou que a ocorrência de eventos climáticos extremos se multiplicou por cinco nos últimos 50 anos.
A instituição contabilizou mais de 11 mil eventos como secas, enchentes, deslizamentos de terra, tempestades e incêndios de 1970 a 2019.
Enquanto na década de 70 foram 711 desses fenômenos; na década de 2000, foram 3.536; e, na seguinte, 3.165.
Os desastres naturais no período ocasionaram mais de 2 milhões de mortes e um prejuízo econômico que ultrapassa US$ 3,4 trilhões (R$ 17,5 trilhões).
Em números absolutos, é como se, a cada dia dos últimos 50 anos, 115 pessoas tenham morrido e mais de US$ 200 milhões de prejuízo fossem gerados por desastres naturais.
As inundações correspondem aos principais desastres registrados (44%), seguidas por tempestades tropicais (35%). As perdas humanas em decorrência desses eventos estão majoritariamente concentradas nos países em desenvolvimento, o que corresponde a 91% das mortes.
No Continente Asiático, foram mais de 3.400 desastres contabilizados ao longo das últimas cinco décadas, o que levou a quase 1 milhão de mortes. Na América do Sul, foram 867 eventos climáticos extremos, com um saldo de 58 mil vítimas.
No Brasil, desde 1970, foram 193 eventos extremos no país. O maior desastre que ocorreu na América do Sul, em termos econômicos, foi a seca no Sudeste brasileiro em 2014 que, segundo compilado pela OMM, acumulou perdas de mais de US$ 5 bilhões.
Fonte: Folha de São Paulo