Fumaça das queimadas do Pantanal se espalha pelo Brasil
Há mais um mês o Pantanal sofre com as queimadas. Com mais de 3 mil focos de calor na sexta-feira (17/11), um dos principais resíduos do fogo, a fumaça, tem se espalhado para além da região do bioma.
Há mais de um mês o Pantanal sofre com as queimadas. Com mais de 3 mil focos de calor na sexta-feira (17/11), um dos principais resíduos do fogo, a fumaça, tem se espalhado para além da região do bioma. Imagens captadas por satélites mostram o avanço da névoa para região Sul e Sudeste do país.
O doutor em geofísica espacial e professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Widinei Alves Fernandes, explica que o corredores de nuvens têm facilitado a chegada da névoa em outros estados brasileiros e até em países fronteiriços, como Paraguai e Bolívia.
“O aumento de fumaça foi devido a chegada dessa pluma, em decorrência das queimadas que ocorreram no Pantanal e também na Amazônia. Isso mostra que a poluição do ar é um problema transfronteiriço, ou seja, que regiões relativamente distantes podem impactar outras regiões. Identificamos nesse momento uma condição moderada já aumentando, podendo chegar até uma concentração de ruim mais tarde”, detalha o pesquisador
Em Campo Grande, a qualidade do ar piorou nos últimos dias e a névoa dos incêndios do Pantanal se concentram de forma mais densa em Mato Grosso do Sul. Na sexta-feira (17/11), diversas cidades do estado amanheceram encobertas pela fumaça causada pelo fogo no bioma.
Em Campo Grande, a Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar da UFMS confere a qualidade do ar que respiramos. Na última semana, com o aumento dos incêndios no Pantanal, o levantamento viu uma mudança drástica na situação na capital.
A situação do ar estava classificada como “boa”, desde o início desta semana, a medição mudou para “moderada”. O professor Widinei Alves Fernandes explica que os prognósticos futuros não são motivadores.
“A situação está se agravando. Quando entra na faixa moderada, devemos tomar outros cuidados. A última atualização feita já aponta um caminhado pior para qualidade do ar. Dentro da faixa moderada, já estamos entrando na parte mais ruim em Campo Grande”, lamenta o pesquisador.
Fonte: g1