Metade da população do Brasil apta para trabalhar está sem emprego
Segundo dados do IBGE, somente 48,5% da população em idade para trabalhar no Brasil tem emprego
Dados da PNAD COVID19, divulgados pelo IBGE, mostram que dos 170,1 milhões de brasileiros em idade para trabalhar, somente 82,5 milhões estavam ocupados no fim de junho. Isso representa 48,5% do total. Na semana anterior, havia 83,9 milhões de pessoas ocupadas.
A taxa de desocupação subiu para 13,1% na quarta semana de junho. Isso corresponde a 12,4 milhões de pessoas desocupadas. Essa é a maior taxa desde o início de maio, quando começou a PNAD COVID19, e resulta da queda de 84 milhões para 82,5 milhões (-1,5 milhão) de pessoas ocupadas na semana.
A pesquisa mostra também que continua caindo o número de pessoas ocupadas que estavam temporariamente afastadas do trabalho presencial devido ao distanciamento social na quarta semana de junho, passando de 11,1 milhões para 10,3 milhões, na comparação com a semana anterior. No início de maio, eram 16,6 milhões.
Já a taxa de trabalhadores na informalidade ficou em 34,5% na quarta semana de junho, atingindo 28,5 milhões de pessoas. No início de maio, eram 29,9 milhões.
Entre os informais estão os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregadores que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.
A PNAD COVID19 é uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal.
Na primeira semana de maio, 26,8 milhões de pessoas estavam sintomáticas. Os sintomas mais relatados foram: dor de cabeça (7,2 milhões), nariz entupido ou escorrendo (5,7 milhões), tosse (4,8 milhões), dor muscular (4 milhões), dor de garganta (3,6 milhões), fadiga (2,2 milhões), perda de cheiro ou de sabor (2 milhões) e dificuldade de respirar (1,9 milhão).
Entre as pessoas que tiveram algum desses sintomas, 3,1 milhões buscaram atendimento médico, sendo que 46,5% disseram ter ido a postos de saúde públicos, 21,7% a prontos-socorros e outros 20,6% a hospitais do SUS. Já na rede privada, 10,4% procuraram ambulatório ou consultório privado ou ligado às forças armadas, 3,2% foram para prontos-socorros privados e 11,5% para hospitais privados.
Fonte: Agência de Notícias IBGE