No ano passado, pneumonia matou uma criança a cada 39 segundos
A doença é a maior responsável pela morte de crianças no mundo, tendo matado 800 mil crianças só em 2019. Poluição do ar contribui para 17,5% das mortes de crianças menores de 5 anos vítimas de pneumonia
Um estudo da Universidade Johns Hopkins mostrou que a pneumonia é a doença que mais mata crianças no mundo, tendo matado 800 mil crianças no ano passado, ou uma criança a cada 39 segundos.
Segundo o estudo, ampliar os serviços de tratamento e prevenção de pneumonia em todo o mundo poderia salvar a vida de 3,2 milhões de crianças com menos de 5 anos, ao longo de uma década.
O estudo também indica que esse tipo de serviço geraria um “efeito cascata” que impediria 5,7 milhões de mortes infantis extras, causadas por outras doenças comuns na infância. Isso significa que, ao todo, quase 9 milhões de vidas poderiam ser salvas.
Bactérias, vírus ou fungos podem causar a pneumonia, que causa a produção de pus e líquidos nos pulmões, dificultando a respiração.
Embora alguns tipos de pneumonia possam ser prevenidos com vacinas e possam ser facilmente tratados com antibióticos de baixo custo se forem diagnosticados adequadamente, dezenas de milhões de crianças ainda não foram vacinadas – e uma em cada três crianças com sintomas não recebe cuidados médicos essenciais.
As mortes de crianças estão concentradas em países mais pobres, sendo que as crianças vítimas da doença são mais desfavorecidas e marginalizadas.
De acordo com previsões, 6,3 milhões de crianças menores de 5 anos podem morrer em consequência da pneumonia entre 2020 e 2030, seguindo as tendências atuais.
Os países que concentrarão os maiores índices serão a Nigéria, com 1,4 milhão, a Índia, com 880 mil, a República Democrática do Congo, com 350 mil, e a Etiópia, com 280 mil.
A poluição do ar também é um dos fatores responsáveis pelos casos de pneumonia entre as crianças. Ao todo, a poluição do ar contribui para 17,5%, ou quase uma a cada cinco, das mortes de crianças menores de 5 anos vítimas de pneumonia no mundo.