Novo instituto oferece assistência jurídica gratuita para pessoas negras
Crime sem solução motivou o surgimento do Instituto Nacional de Defesa da População Negra, que oferecerá assistência jurídica gratuita
Por: Mariana Lima
O assassinato de um tio, em Minas Gerais, foi o primeiro sinal para que o jornalista e fotógrafo Ismael dos Anjos, 36, criasse uma iniciativa em prol da população negra.
Contudo, foi a morte do adolescente João Pedro, 14, baleado em uma ação policial no Rio de Janeiro, que fez surgir a força necessária para colocar o projeto em prática.
Fundado pelo jornalista em parceria com os advogados Ana Paula Freitas, 33, e Joel Luiz Costa, 31, o Instituto Nacional de Defesa da População Negra (IDPN) tem como objetivo oferecer assistência jurídica gratuita para a população negra.
As morte de George Floyd (assassinado pela polícia da cidade de Minneapolis, EUA) e o caso do menino Miguel (morto após cair do 9º andar de um prédio em Recife) também foram importantes para a criação do IDPN.
Para além destes casos, o projeto é resultado da própria história de Ismael. Filho de um policial aposentado, seu tio foi assassinado e o autor do crime nunca foi descoberto. Ismael recebeu esse nome em homenagem ao tio.
Além da assistência gratuita, o IDPN também irá atuar para ampliar a inclusão de mais negros no Direito, uma vez que apenas 1% dos advogados de grandes escritórios no país são negros.
Desta forma, também serão oferecidas capacitação para profissionais negros, como mentorias, aulas e práticas para recém-formados que tenham interesse em seguir pela área criminal.
O plano de atuação do instituto apresenta semelhanças com o que vem sendo feito pelo jogador de futebol americano Colin Kaepernick, que paga advogados para manifestantes em protestos nos Estados Unidos.
Para conseguir financiar o projeto, o IDPN pretende captar doações e participar de editais de fomento a movimentos sociais.
Além disso, contará com parceiros como o Instituto Geledés, Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), Conectas Direitos Humanos e Defensoria Pública do Estado do RJ.
Fonte: ECOA – UOL
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