O mistério no desaparecimento do submarino que visitava destroços do Titanic
O submarino, que levava cinco pessoas a bordo, perdeu contato cerca de uma hora e 45 minutos após submergir. O desaparecimento está cercado por mistérios já que a equipe de buscas percorreu uma área de 19 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado de Sergipe. Até o momento, não há sinal da embarcação.
Equipes de busca dos Estados Unidos e do Canadá estão correndo contra o tempo para encontrar um submarino que desapareceu no último domingo (18/06) enquanto fazia uma expedição até os destroços do Titanic.
O capitão Jamie Frederick afirmou que além da Guarda Costeira, a Marinha dos Estados Unidos e do Canadá estão “trabalhando dia e noite” para tentar localizar o veículo. A Guarda Costeira dos EUA afirmou, durante coletiva de imprensa que o submarino teria oxigênio somente até as 7h de hoje (22/06).
O submarino, que levava cinco pessoas a bordo, perdeu contato cerca de uma hora e 45 minutos após submergir. Entre as pessoas a bordo, está Hamish Harding, um empreendedor e explorador britânico bilionário de 58 anos.
O empresário britânico de origem paquistanesa Shahzada Dawood e o filho, Suleman, também participam da expedição, conforme informou a família em comunicado.
A empresa OceanGate, responsável pela expedição, confirmou em uma breve declaração que o executivo-chefe Stockton Rush “está a bordo do submersível como membro da tripulação”.
Outro passageiro é o explorador francês Paul-Henry Nargeolet, de acordo com uma postagem de Harding no Facebook antes do início da expedição.
“No momento, nosso foco é obter o máximo possível de recursos na área”, disse o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA, em entrevista coletiva.
Os ingressos da expedição custam US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1, 2 milhão) para uma viagem de oito dias.
O desaparecimento está cercado por mistérios já que a equipe de buscas percorreu uma área de 19 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado de Sergipe. Até agora não há sinal da embarcação. A tripulação não iria longe se tivesse algum problema e aguardaria socorro no local conhecido por toda equipe.
Além da Marinha canadense e americana, agências governamentais e empresas comerciais especializadas em águas profundas estão ajudando na operação para encontrar o submersível.
A embarcação desaparecida é o submarino Titan, da empresa de turismo OceanGate, no qual o jornalista David Pogue, da rede americana CBS, embarcou no ano passado para chegar até os destroços do Titanic. Ele disse à BBC que, quando o navio de apoio está diretamente acima do submarino, mensagens de texto curtas podem ser trocadas entre eles.
Por isso, a comunicação via GPS ou sistemas de rádio não estão disponíveis, já que nenhuma delas funciona debaixo d’água.
Pogue afirma que tampouco é possível que as pessoas a bordo do submarino escapem por conta própria, uma vez que estão trancadas lá dentro por parafusos colocados do lado de fora.
A OceanGate afirmou: “Fomos incapazes de estabelecer comunicação com um de nossos veículos de exploração submersíveis”, mas “todo nosso foco [está] nos tripulantes do submersível e em suas famílias”.
“Estamos profundamente gratos por toda ajuda que recebemos de várias agências governamentais e empresas especializadas em águas profundas em nossos esforços para restabelecer contato com o submersível”, acrescentou.
Segundo repórter David Pogue, que fez a viagem, antes de embarcar os passageiros leram os termos de um contrato e foram informados que a viagem é feita em “um submersível experimental, que não foi aprovado nem certificado por nenhum órgão regulador e pode resultar em danos físicos, psicológicos, ou morte.
No caso do submarino, a empresa faz questão de todos os passageiros ficarem cientes dos riscos que estavam correndo quando compraram o pacote. Mas na maioria dos casos, principalmente no Brasil, empresas colocam cláusulas absurdas em letras minúsculas propositalmente para o consumidor não ler.
No entanto, diferente dos EUA, aqui no Brasil temos órgãos de defesa do consumidor como o PROCON, Programa de Proteção e Defesa do Consumidor, o instituto presta atendimento pessoal a todo consumidor que encontre problemas ou dúvidas no mercado de consumo, dentre a lista abaixo especificada: Compra de produtos (por pessoa física); contratação de serviços (por pessoa física); serviços oferecidos por instituições financeiras.
E o IDEC- Instituto Brasileira do Defesa do Consumidor que é uma organização não governamental brasileira e sem vínculos governamentais ou empresariais, fundada em 1987 que visa promover a educação, a defesa dos direitos do consumidor e a ética nas relações de consumo. Para conhecer melhor seu trabalho clique aqui.
Fonte: BBC Brasil