OMS diz que há milhares de civis gravemente feridos em Gaza
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que milhares de civis estão gravemente feridos em Gaza, incluindo crianças. Além disso, mais de 1 mil pessoas precisam de diálise renal para sobreviver, 2 mil estão em tratamento contra o câncer, 45 mil possuem doenças cardiovasculares e mais de 60 mil tem diabetes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que milhares de civis estão gravemente feridos em Gaza, incluindo crianças. Além disso, mais de 1 mil pessoas que precisam de diálise renal para sobreviver, 2 mil estão em tratamento contra o câncer, 45 mil possuem doenças cardiovasculares e mais de 60 mil tem diabetes.
A OMS ressalta que esses pacientes devem ter acesso contínuo aos serviços de saúde dentro de Gaza. Hospitais e outras instalações de saúde devem ser protegidos contra bombardeios e uso militar.
A agência disse que antes de 7 de outubro de 2023, cerca de 100 pacientes por dia precisavam de acesso a serviços de saúde especializados fora da Faixa de Gaza devido à falta de estruturas capazes de atender certas demandas.
Por isso, a OMS pede acesso urgente e acelerado à ajuda humanitária, incluindo combustível, água, comida e suprimentos médicos.
O diretor da OMS falou em meio a relatos de que o terminal de passageiros de Rafah, entre o Egito e Gaza, foi autorizado a abrir de forma excepcional na manhã de quarta-feira pela primeira vez desde 7 de outubro.
Foi permitida a passagem de alguns feridos, bem como estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade.
O cruzamento de Rafah é o único ponto de entrada não controlado por Israel, que impôs um bloqueio à Faixa em 2007, depois que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza.
Tedros alertou nas redes sociais que “a atenção não deve ser desviada das necessidades muito maiores de milhares de pacientes em Gaza” e reiterou pedidos de proteção de hospitais, bem como uma “aceleração imediata” no fluxo de ajuda médica.
Nesta terça-feira, Gaza recebeu o maior comboio desde que a entrega de ajuda via Rafah foi retomada em 21 de outubro. Foram 59 caminhões transportando água, comida e medicamentos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou que o volume de ajuda que entra não atende o grande número de civis presos em Gaza em meio ao agravamento dos combates.
Mais de 1,4 milhão de pessoas estão deslocadas internamente, com mais de 689 mil abrigadas em 150 instalações da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos. Os abrigos da ONU agora estão quase quatro vezes acima de sua capacidade pretendida.
O Ocha informou que nos últimos dias milhares de pessoas deslocadas, que anteriormente estavam morando com famílias anfitriãs, se mudaram para abrigos públicos em busca de comida e serviços básicos.
O chefe da OMS, disse na quarta-feira em um post nas redes sociais que a agência continua profundamente preocupada com a condição dos 240 reféns levados de Israel pelo Hamas em 7 de outubro.
Tedros ressaltou a preocupação com os reféns, “particularmente as crianças, mulheres, idosos e aqueles com problemas de saúde que precisam de atendimento médico imediato”. Ele reiterou o apelo para sua libertação imediata.
Fonte: ONU News