ONG realiza escuta empática no Parque Buenos Aires, em São Paulo
Promovida pelo Instituto Bem do Estar, a escuta empática será realizada neste domingo (9/10), em alusão ao Dia Mundial da Saúde Mental
Por Ana Clara Godoi
O Instituto Bem do Estar promoverá uma manhã de escuta empática neste domingo (09/10), das 8h30 às 13h00, no Parque Buenos Aires, em São Paulo. A ação é realizada por um grupo de voluntários da organização, composto por psicólogos, psiquiatras, psicanalistas e especialistas em Comunicação Não Violenta (CNV), e ficará à disposição de pessoas que queiram ser ouvidas em um espaço acolhedor e sem julgamento.
Para os organizadores do projeto Estar na Escuta, a proposta é criar um momento de sensibilização individual, visando a importância de pensar e agir em prol da saúde mental. A cofundadora do Instituto Bem do Estar, Isabel Marçal, afirma que o processo de falar diante de uma escuta empática favorece o alívio de sentimentos disfuncionais e contribui para a organização dos pensamentos.
“Um dos objetivos é desmistificar supostas certezas acerca da saúde mental. Embora o tema tenha se tornado frequente após a experiência da pandemia, ele ainda é cercado de preconceitos. Levar a escuta para o parque, tornando-a acessível a todos, é uma das formas de desconstruir esses tabus e mostrar que cuidar do mental é tão importante quanto os cuidados com a saúde física”, destaca.
A escuta empática também conta com uma prática corporal composta de alongamento guiado e meditação. As atividades serão conduzidas por Pôla Neves, associada do Instituto Bem do Estar, e Carol Rahal, diretora de criatividade e associada do Instituto Bem do Estar.
Para o psicólogo clínico Ricardo Milito, diretor científico do Instituto Bem do Estar e voluntário da escuta empática, escutar é construir pontes. “Falar cura e transforma. Na escuta empática a pessoa recebe acolhimento, que a ajudará a perceber os próprios sentimentos e compreender suas necessidades. Escutar é estar com a outra pessoa onde ela está, acompanhando-a na experiência que ela tem naquele momento. Assim, ela passa a ressignificar e ter uma nova compreensão de suas memórias e vivências”, afirma.