ONU: Israel negou 40% da ajuda alimentar para Gaza
As Nações Unidas informaram que 40% de todas as operações de ajuda alimentar na Faixa de Gaza foram negadas por Israel nos meses de fevereiro e março.
As Nações Unidas informaram que 40% de todas as operações de ajuda alimentar na Faixa de Gaza foram negadas por Israel nos meses de fevereiro e março. O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, alerta que a crise atual não tem precedentes.
Entre os maiores desafios da Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, estão as restrições de acesso devido à falta de autorização de passagem de comboios para o norte desde janeiro passado.
À medida que Gaza se aproxima de uma situação de fome generalizada, os civis deslocados e os profissionais de saúde disseram que estão passando fome para que os seus filhos possam comer o pouco que há disponível. Se os palestinos encontram água, quase sempre não é potável. As pessoas estão comendo grama para sobreviver.
Estima-se que 33.360 palestinos foram mortos e 75.993 ficaram feridos em ataques israelenses em Gaza que ocorrem desde 7 de outubro. Com base em dados do Ministério da Saúde de Gaza, a Unrwa revela que a maioria são mulheres e crianças e “outros milhares de corpos podem estar sob os escombros”.
Esta semana, o Ocha coordenou com a Organização Mundial da Saúde e outras entidades a realização de enterros dignos para corpos não identificados no Hospital Al Shifa na sequência do cerco de forças israelenses na semana passada.
Para os sepultamentos, feitos no local e nas proximidades, também houve apoio dos Serviços de Ação contra as Minas da ONU e o Departamento de Segurança e Proteção em coordenação com autoridades de saúde de Gaza.
Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, reportou que havia corpos parcialmente enterrados ou envoltos em plásticos. Com enterros dignos, estes poderiam “ser identificados posteriormente com exames forenses, dando algum consolo aos seus entes queridos”.
Em nível de atendimento, estão atualmente operacionais somente 10 dos 36 hospitais primários que antes atendiam às necessidades de mais de 2 milhões de habitantes em Gaza.
Mesmo em meio a restrições significativas, apenas oito dos 24 centros de saúde da Unrwa continuam em funcionamento. Dois deles foram recentemente criados por causa do aumento das populações deslocadas.
Fonte: ONU News