Projeto Eco-Eletro capacita para a reciclagem de resíduos eletrônicos
O projeto Eco-Eletro, que capacita catadores para o tratamento de resíduos eletrônicos em São Paulo, iniciará sua segunda fase, com a montagem de nove núcleos, formados por cooperativas que já passaram pela capacitação, na primeira etapa. Os núcleos servirão como modelo e serão divididos em quatro diferentes cidades do estado de São Paulo: além da capital – Cotia, Taboão da Serra e São José do Rio Preto.
O Eco-Eletro é desenvolvido pelo Instituto GEA Ética e Meio Ambiente em São Paulo, em parceria com o Lassu, Laboratório de Sustentabilidade, da Universidade de São Paulo (USP). Desde 2010, o apoio da Petrobras ao projeto permitiu a capacitação de 182 catadores, que passaram a coletar e processar resíduos de equipamentos eletrônicos de forma mais rentável.
Os catadores dessas cooperativas serão capacitados para gerir resíduos eletrônicos de forma profissional e competir em nível de igualdade com profissionais de empresas do mercado de reciclagem de eletrônicos. Dos sete cursos que serão oferecidos, três ensinarão a remontar computadores a partir de equipamentos descartados.
Para Renilda Diniz de Souza, uma das fundadoras da Coopernova, de Cotia (SP), o curso ofereceu a oportunidade de aprender a separar os materiais eletrônicos. “Antes, vendíamos os eletrônicos como sucata, com valor abaixo de R$0,50/Kg, hoje, temos material vendido por R$100. Além disso, ganhamos do projeto Eco-Eletro as ferramentas necessárias para separar os resíduos mais rápido. Atualmente, temos um espaço destinado somente à separação de eletrônicos”, explica.