Relatório mostra como o álcool prejudica a Agenda 2030
O Brasil é o maior consumidor de álcool per capita nas Américas e tem a 2ª maior taxa de uso excessivo na região. É o que apresenta o Relatório “Álcool, Obstáculo ao Desenvolvimento – Como o Álcool Afeta os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”
Por Iara de Andrade
O Brasil é o maior consumidor de álcool per capita nas Américas e tem a 2ª maior taxa de uso excessivo na região. É o que apresenta o Relatório “Álcool, Obstáculo ao Desenvolvimento – Como o Álcool Afeta os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, fruto de uma parceria entre as organizações Aliança de Controle do Tabagismo (ACT – Promoção da Saúde) e a Movendi International.
Além disso, comparado aos países vizinhos, está em terceiro lugar quando o assunto é mortes por álcool: foram 31,7 registros por 100 habitantes em 2020. No mundo, são três milhões de vítimas a cada ano.
O documento afirma que o álcool afeta os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, um pacto global para o enfrentamento dos maiores problemas do mundo de forma coerente e conjunta.
“O álcool é um obstáculo ao desenvolvimento sustentável, que afeta negativamente as dimensões social, econômica e ambiental da Agenda. Ele compromete o capital humano, social e sobrecarrega sistemas de saúde; prejudica o bem-estar humano e a saúde do planeta”, diz trecho da análise.
O relatório apresenta metas de 14 ODS que estão em risco por causa do álcool. Dentre elas está o ciclo vicioso entre o álcool e pobreza (ODS 1); ser um fator de risco grave para a desnutrição (ODS 2); potencializador de lesões e mortes no trânsito (ODS 3); e impulsionador da epidemia de violência contra as mulheres (ODS 5), entre outras.