Revista Forbes destaca pessoas que fazem a diferença no terceiro setor
Revista Forbes lança lista dos brasileiros acima dos 50 anos mais inspiradores do país com uma categoria específica para representantes de organizações sociais. Observatório do Terceiro Setor está entre os citados
Por Juliana Lima
Publicada no dia 5 de junho, a nova lista da Revista Forbes, “50 Over 50” (Fobes 50+ no Brasil ou “50 após os 50”, em tradução livre), reconhece brasileiros acima dos 50 anos de idade que desenvolvem trabalhos de destaque em suas áreas de atuação. Entre as categorias estão setor privado, música, esportes e o terceiro setor.
Uma das organizações presentes na publicação é o Observatório do Terceiro Setor, criado há dez anos pelo jornalista Joel Scala. Citado como um dos principais veículos de comunicação com foco na divulgação do trabalho do terceiro setor no país, o Observatório possui hoje um acervo de mais de 30 mil minutos em programas de rádio e TV que reúne entrevistas com mais de 450 personagens relevantes da área. Além do site, o veículo também está presente em todas as redes sociais e já alcança mais de 1,7 milhão de pessoas.
Ao lado do Observatório do Terceiro Setor, estão figuras como Helio Mattar, fundador do Instituto Ethos e do Instituto Akatu. Criado há 20 anos, o Ethos tem foco na sensibilização de empresas para o desenvolvimento sustentável e atua como grupo de troca de experiências e conhecimentos, tendo produzido cursos, eventos, manuais, indicadores de gestão e participando em advocacy na construção de políticas públicas. Com mais de 500 empresas associadas, o instituto também mantém parcerias com grandes empresas no país como a Natura e a Shell.
Já o Instituto Akatu, criado em 2001, tem foco no consumo consciente, tendo auxiliado a alavancar o termo no país nos últimos anos. Além de promover pesquisas na área, o Akatu também publica notícias, elabora campanhas com de mobilização com dicas de sustentabilidade, lança testes interativos e realiza palestras e oficinas em empresas e organizações. Ainda na área da educação para o consumo consciente, o instituto criou uma plataforma de aprendizagem digital voltada a alunos e professores da educação básica, o Edukatu.
Outra figura relevante no terceiro setor do país citada na Forbes é Sueli Carneiro. A filósofa e ativista do movimento negro, ela é também fundadora do Geledés Instituto da Mulher Negra. Além do portal de comunicação, que foca em assuntos como direitos humanos, educação, saúde e mercado de trabalho, sempre a partir da perspectiva da mulher negra brasileira, o Geledés também participa de monitoramentos de políticas públicas, faz advocacy pelas pautas que defende e atua na capacitação e empoderamento de ativistas.
Virgilio Viana, superintendente-geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), também compõe o time de líderes do terceiro setor reconhecidos pela Forbes. Criada em 2008, a FAS possui programas de atuação local na Amazônia brasileira voltados para o desenvolvimento sustentável, e já beneficiou mais de 34 mil pessoas que moram em 16 Unidades de Conservação. Além disso, a fundação também mantém contato com organizações do meio ambiente na América Latina e possui agendas de cooperação internacional.
A lista Forbes 50+ também conta com o nome de Raí, que ganhou fama como jogador de futebol na seleção brasileira campeã da Copa Mundial de 1992 e por sua atuação no time do São Paulo na mesma época. Em 1998, ele criou a Fundação Gol de Letra, que atua com atividades educacionais e de assistência social para crianças e jovens na Vila Abertina (SP) e no Caju (RJ). Em 2017, Raí participou da campanha “Eu Me Importo“, do Observatório do Terceiro Setor, contra a intolerância no Brasil.
Para ver mais sobre o perfil dos representantes do terceiro setor na lista da Forbes ou sobre figuras de outras áreas, acesse o site.