SP gasta R$ 2,51 bilhões pra despoluir rios que ainda tem águas poluídas
Segundo relatório da fundação SOS Mata Atlântica, houve redução do número de locais com água considerada boa em todos os rios e córregos do estado
Ao longo dos últimos 11 anos, os contratos firmados para a despoluição dos Rios Pinheiros e Tietê consumiram, juntos, mais de R$ 2.516.740.022,18 em recursos dos cofres do Estado de São Paulo. Do total de contratos (61), assinados entre 2010 e 2021, quase dois terços (37) continuam em execução, enquanto 22 tiveram suas obras concluídas e dois ajustes foram rescindidos.
Das contratações, 43 são direcionadas para serviços e obras no Rio Tietê. Outros 12 ajustes são voltados para a recuperação do leito do Rio Pinheiros. Seis contratações são integradas para atender serviços e obras de interligações dos dois rios.
Mas, um relatório divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica aponta que seis rios e córregos da cidade de São Paulo estão com o resultado da água ruim ou péssima.
Foram analisados 13 rios e córregos da capital, desses apenas em um foi constatada a água de boa qualidade, do Córrego do Sapateiro, com nascente na Vila Mariana que deságua no Lago do Parque Ibirapuera, na Zona Sul.
Os três piores locais foram em trechos do Rio Pinheiros. Seis trechos tiveram a qualidade considerada regular. O levantamento analisou 77 trechos de rios que fazem parte do bioma da Mata Atlântica em 17 estados do Brasil.
De 2020 para 2021, somente dois dos 13 pontos que tiveram água coletada para o teste tiveram uma melhora na qualidade da água. Em todo o estado foram 74 pontos analisados em 31 cidades, a água foi considerada boa em apenas cinco amostras.
O estudo também apontou a precaridade do Rio Tietê, onde a qualidade da água é ruim. Em todos os rios e córregos do estado, houve redução do número de locais com água considerada boa na comparação com a análise feita em 2020, foi de 12 para 9.
Para o coordenador do programa Observando Rios da SOS Mata Atlântica, a situação é preocupante mas houve avanços. Ele afirma que é preciso um esforço coletivo para despoluir os rios de São Paulo.
Fontes: Tribunal de Contas de SP e G1