Talibã proíbe mulheres de dar aulas e estudar em Universidade de Cabul
“Enquanto o verdadeiro ambiente islâmico não for fornecido para todos, as mulheres não terão permissão para ir às universidades ou trabalhar. O Islã primeiro”, disse Mohammad Ashraf Ghairat, chanceler nomeado pelo Talibã
As mulheres não terão mais permissão para frequentar as aulas ou trabalhar na Universidade de Cabul, no Afeganistão, “até que um ambiente islâmico seja criado”, anunciou em sua conta oficial no Twitter o novo chanceler nomeado pelo Talibã.
“Enquanto o verdadeiro ambiente islâmico não for fornecido para todos, as mulheres não terão permissão para ir às universidades ou trabalhar. O Islã primeiro”, disse Mohammad Ashraf Ghairat.
“Devido à escassez de professoras, estamos trabalhando em um plano para que os professores sejam capazes de ensinar as alunas por trás de uma cortina na sala de aula”, escreveu no Twitter.
“Dessa forma, um ambiente islâmico seria criado para as alunas obterem educação.”
No começo do mês, as mulheres também foram proibidas de praticar esportes no Afeganistão. Segundo o líder cultural do Talibã, Ahmadullah Wasiq, o esporte feminino é algo “inapropriado e desnecessário”. Ele falou especificamente sobre o críquete, que é muito praticado em parte da Ásia.
“Eu não acho que não será permitido às mulheres jogar críquete, porque não é necessário que as mulheres joguem críquete. No críquete, elas podem estar em situações em que o rosto e o corpo delas não estejam cobertos, e o Islã não permite que elas sejam vistas dessa forma”, afirmou ele em entrevista.
Desde que as tropas americanas deixaram o país, os direitos civis, principalmente das mulheres, estão sendo violados. Há relatos de que muitas estão sendo forçadas a se casarem com líderes do Talibã.
Fonte: CNN Brasil