Trabalho em equipe: alunos brasileiros levam o 2º pior lugar do mundo

Um relatório divulgado no fim de 2017 com dados da última edição do Programme for International Student Assessment (PISA), de 2015, revela que os estudantes brasileiros têm dificuldade com trabalhos em equipe. A média obtida pelos brasileiros (412 pontos) só ficou à frente da média da Tunísia (382 pontos), entre 52 países avaliados.

O PISA avalia a cada três anos o desempenho de alunos de 15 anos nas disciplinas de matemática, ciências e leitura. E também coleta dados paralelos em relação a esses estudantes. Para analisar a competência relativa à resolução de problemas de maneira colaborativa, o exame aplicou questões interativas e de múltipla escolha, nas quais os outros agentes envolvidos na resolução da tarefa eram simulações computadorizadas. O aluno foi avaliado a partir de suas interações e respostas em relação a esses agentes. Participaram 125 mil jovens de 15 anos de idade de 52 países.

A média dos estudantes brasileiros ficou bem abaixo da média de 500 pontos dos 32 países da Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), responsável pelo estudo. O Brasil teve a pior avaliação da América Latina.

Os estudantes brasileiros tiveram dificuldades para resolver problemas de maneira colaborativa, escutar opiniões e reunir esforços e conhecimentos para chegar a uma solução.

Uma curiosidade mostrada no relatório é que estudantes de outros países que tiveram notas altas em matemática, literatura e ciências se saíram bem em resolver problemas de maneira colaborativa. Com os brasileiros aconteceu o oposto: estudantes que tiveram boas notas nas disciplinas não foram bem quando expostos a trabalho em equipe.

O relatório destaca a importância do trabalho em equipe para o mercado de trabalho. Os cargos que exigem essa habilidade geralmente têm salários 20% maiores que os demais.