Tráfico humano: traficantes usam redes sociais para atrair suas vítimas
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As redes sociais já vendo sendo utilizadas há anos pelos traficantes de pessoas para aliciar suas vítimas. Com a pandemia, a prática criminosa se intensificou.
Geralmente as vítimas são atraídas pelas redes sociais com falsas promessas de trabalho e altos salários. Os criminosos podem utilizar fotos falsas para começar um romance com a vitima e quando ela é atraída para conhecer seu pretendente, é raptada pelo tráfico.
O Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres (Cedaw), afirmou que mulheres e meninas são as principais vítimas desta violação e pediu urgência em uma solução.
“A pandemia global revelou a necessidade urgente de abordar o uso da tecnologia digital no e contra o tráfico”, disse a líder do grupo do CEDAW que produziu as recomendações, Dalia Leinarte. Para ela, “combater o tráfico também é desestimular a demanda”.
Para o Comitê, as autoridades também devem abordar as causas profundas que levam mulheres e meninas a enfrentar situações de vulnerabilidade.
Esses desafios vão desde a discriminação baseada no sexo, as injustiças socioeconômicas nos países de origem, as políticas de migração com preconceito de gênero e sistemas de asilo em países estrangeiros, bem como conflitos e emergências humanitárias.
O pedido feito às empresas de redes sociais e de mensagens de bate-papo é que criem mecanismos de controle para mitigar o risco de expor mulheres e meninas ao tráfico e à exploração sexual. Outra recomendação é que estas companhias usem seus grandes dados para identificar traficantes e as partes envolvidas na demanda.
A prevenção é ainda a melhor solução. Não deixar redes sociais públicas, desconfiar de ofertas muito generosas e ficar atento a relacionamentos pelas redes sociais. Pais também precisam ficar atentos com as pessoas desconhecidas que conversam com seus filhos nas redes sociais. Uma em cada 3 vítimas de tráfico humano no mundo é criança.
Fonte: ONU Brasil