Tristeza e dor: casal morre de Covid-19 no RJ e deixa 4 filhos

Casal faleceu com poucas horas de diferença de Covid-19. Divia Amaral, de 40 anos, morreu no Dia das Mães

O Brasil tem mais de 171 mil casos confirmados de Covid-19 e mais de 11.700 óbitos. Infelizmente, o casal Anníbal Amaral, de 54 anos, e Divia Amaral, de 40, faz parte do número de vítimas fatais do novo coronavírus no país. O casal morava na comunidade Camarista Méier, em Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ).

Anníbal morreu na noite do último sábado (09/05), às 23h, no Hospital do Andaraí, na Zona Norte do Rio, onde estava internado desde quarta-feira. Já Divia estava na mesma unidade desde terça e morreu algumas horas depois do marido, às 03h15 de domingo, Dia das Mães, por causa da mesma doença.

Anníbal era motorista de ônibus e dirigia a linha 606, que faz o trajeto que vai de Engenho de Dentro à Rodoviária Novo Rio, na região Central. Em entrevista ao Extra, um dos irmãos de Divia, Pedro Vale, contou que a empresa em que o cunhado trabalhava colocou os motoristas em um sistema de rodízio de 15 dias, e quando Anníbal voltou a trabalhar, no começo da semana passada, apresentou dores no corpo, febre e calafrios, assim como a mulher, que integrava o grupo de risco por ter asma e ser obesa.

Na terça-feira, quando apresentou falta de ar e cansaço, Divia procurou a unidade médica e lá ficou. Já ele fez a mesma coisa na quarta-feira, e os dois testaram positivo para a Covid-19.

O casal deixa quatro filhos, Rayanne Vale, de 25 anos, que ainda tem um filho bebê para cuidar, Paloma, de 19 anos, Victor, de 17 anos e Peter, o caçula, com apenas 12 anos. Os dois do meio apresentaram sintomas do vírus, mas não chegaram a testar, pois melhoraram com o passar dos dias. Os filhos do casal estão amparados uns pelos outros e pela família.

Rayanne e os irmãos estão na casa da tia, Maria de Jesus do Vale, que também apresentou febre e dores no corpo, mas que já passaram. Ela diz que, no momento, o foco é estar disponível para ajudar os sobrinhos. “Eles estão sofrendo. Não puderam ver os pais e nem dar adeus. Mas estamos aqui para eles”, lamenta Maria.

Fonte: Extra