De acordo com uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, a cada segundo uma mulher sofreu um tipo de assédio no Brasil. Outro levantamento, realizado pelo instituto de pesquisa Ipsos com a Universidade King College em Londres, aponta que um a cada cinco brasileiros presenciou um caso de assédio sexual contra mulheres no mesmo ano.
A violência está presente em ambientes como universidades, escolas, mercado de trabalho, ambientes de lazer e até mesmo dentro de casa. Somente entre janeiro e julho deste ano, o Ministério Público do trabalho recebeu mais de 8.400 denúncias de assédio moral e sexual. O número representa quase a mesma quantidade registrada durante todo o ano passado.
A sociedade pode ser conivente aos casos de assédio. Um levantamento da CNN, divulgado em julho deste ano, aponta que as universidades federais demitiram apenas 6% dos professores acusados de assédio sexual nos últimos 10 anos. Durante o período, mais de 270 casos foram denunciados.
Além disso, o atendimento às vítimas muitas vezes é precário. A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que, em 2022, 51 mil mulheres sofreram algum tipo de violência ou agressão por dia no país, e se procurassem ajuda ao mesmo tempo, não haveria garantia de atendimento a todas.
Para conversar sobre assédio moral e sexual contra mulheres, convidamos, no Olhar da Cidadania desta quinta-feira, 7 de setembro, a antropóloga Heloisa Buarque de Almeida.
Heloisa Buarque de Almeida é professora de antropologia e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
O programa também contou com a participação do colunista Christian Dunker, psicanalista e professor titular da USP, e foi apresentado pelo jornalista Joel Scala.
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