Bibliotecas comunitárias promovem leitura como direito humano
Espaços são mantidos em áreas carentes e desde 2015 se articulam em rede para influenciar políticas públicas
As bibliotecas comunitárias são espaços de incentivo à leitura, criados e mantidos pelas comunidades locais, sem vínculo direto com o Estado. Normalmente, elas atuam em regiões carentes, não só de bibliotecas, mas de toda sorte de serviços necessários para garantir a qualidade de vida da população. E de 2015 para cá elas têm expandido seu papel, ao se articularem em uma rede nacional para lutar por políticas públicas – nos níveis municipal, estadual e federal – que garantam o acesso à leitura para todos, defendendo a ideia de que a leitura é um direito humano.
A Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) já tem representantes nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, e tem como objetivos “democratizar o acesso às bibliotecas e à cultura literária, além de articular a manutenção, o reconhecimento e a sustentabilidade de bibliotecas comunitárias, influenciar e construir políticas públicas do livro e da leitura no Brasil”.
No momento, o foco é estimular os municípios que ainda não têm Plano Municipal do Livro, Leitura e Bibliotecas a construírem os seus planos com base no Plano Nacional da Leitura e Escrita (PNLE). Na prática, isso está sendo feito através da aproximação com vereadores eleitos em cidades onde funcionam bibliotecas comunitárias ligadas à RNBC.
A rede também está envolvida na mobilização para a promulgação da lei do PNLE, que ainda está na forma de projeto de lei no Senado. Para isso, está realizando um levantamento dos deputados federais e senadores que potencialmente apoiariam a lei, e está participando de seminários sobre o assunto promovido por redes locais.
A propósito, antes da existência de uma rede nacional, muitas bibliotecas comunitárias já se ajudavam em redes locais, sendo uma parte dessas redes apoiada técnica e financeiramente pelo programa Prazer em Ler, do Instituto C&A, mesmo programa que está apoiando a RNBC.
Para saber mais sobre o tema, acesse: rnbc.org.br.