80 milhões de bebês podem ficar sem vacina por conta da pandemia
Sem vacina, crianças com menos de um ano de idade de 68 países correm o risco de contrair difteria, sarampo e poliomielite
Por: Isabela Alves
Cerca de 80 milhões de bebês no mundo podem ficar sem vacina. Por conta da pandemia de Covid-19, a rota de vacinação foi severamente prejudicada e esses bebês correm o grave risco de contrair difteria, sarampo e poliomielite.
Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Gavi, entidade que atua na disseminação de vacinas no mundo.
O novo estudo aponta que crianças de países ricos e pobres serão prejudicadas por essa situação. A previsão é de que crianças com menos de um ano de idade que vivem em 68 países sejam impactadas.
Entre março e abril deste ano, mais da metade da população (53%) de 129 países teve interrupção moderada, grave ou total dos serviços de vacinação. A OMS afirma que esta é a maior ruptura dos programas de imunização desde 1970, quando se iniciaram as campanhas globais.
As campanhas de vacinação em massa que mais foram atingidas foram as de pólio (suspensas em 38 países) e sarampo (suspensas em 27 países). Entre outras campanhas preventivas que foram atingidas estão as de doenças como cólera, meningite, tétano, febre tifóide e febre amarela.
Enquanto isso, os números das doenças crescem no mundo todo. No caso do Brasil, até o dia 10 de maio, já havia 2.805 casos confirmados de sarampo, com um aumento de 18% em relação à semana anterior.
No mundo, 24 milhões de pessoas que vivem em 21 países de baixa renda podem perder as vacinas contra poliomielite, sarampo, febre tifóide, febre amarela, cólera, rotavírus, HPV, meningite A e rubéola.
Fonte: Folha de São Paulo