ACNUR e Caritas lançam relatório sobre os refugiados em São Paulo
Segundo o estudo, a Caritas recebeu pessoas de 84 nacionalidades diferentes que somam 6.500 refugiados ou solicitantes de refúgio em 2018
por Artur Ferreira
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em parceria com a Caritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP), lançou o relatório “Georreferenciamento de Pessoas em Situação de Refúgio Atendidas pela Caritas Arquidiocesana de São Paulo em 2018”.
O mapeamento de informações foi realizado a partir dos atendimentos a pessoas em situação de refúgio pelo Centro de Referência para Refugiados da Caritas São Paulo no ano passado.
Ao todo, a Caritas atendeu pessoas de 84 nacionalidades diferentes. Cinco países representam cerca de 70% do público atendido: Angola soma 20% dos refugiados, seguido pela Venezuela (19,8%), República Democrática do Congo (13,6%), Síria (10,7%) e Nigéria (4,15%).
Segundo o relatório, a maior parte dos refugiados de São Paulo vivem na zona leste da cidade
(55%), e os bairros com maior número absoluto de refugiados residentes são a Sé (521) e a República (466).
A maior parte dos atendidos pela Caritas (75%) já moravam no Brasil antes de 2018, e a maior parte da população que chegou após 2018 (25%), são venezuelanos e contabilizam um total de 773 atendidos.
Entre as outras populações que chegaram após 2018, sírios representam 57 dos atendidos, 35 são burquinenses, 34 cubanos e 32 congoleses.
O mapeamento foi baseado em um recorte de 5.463 refugiados ou solicitantes de refúgio atendidos pela CASP em 2018. Ao todo, foram atendidas 6.500 pessoas.
Entre as principais demandas dos refugiados registradas estão a falta de acesso a serviços públicos como: saúde, educação, moradia e transporte.
Fonte: ONU Brasil