Amazônia: Quais os riscos da extração do petróleo na maior bacia hidrográfica do mundo?
A bacia amazônica abrange uma área de 7 milhões de km², compreendendo terras de vários países da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil) e é a maior bacia fluvial do mundo; a extração de petróleo nestas áreas ameaça a biodiversidade e as comunidades locais
Por Redação
A Amazônia, lar da maior bacia hidrográfica do mundo, é um dos ecossistemas mais ricos e essenciais do planeta. Com suas vastas florestas, rios e uma biodiversidade única, desempenha um papel fundamental na regulação do clima global, na manutenção da diversidade biológica e na sustentação de comunidades indígenas e tradicionais. No entanto, a busca pela extração de petróleo na região amazônica representa uma ameaça a esses valores.
Em junho, um encontro na Câmara dos Deputados promoveu um debate sobre a exploração de pretróleo na bacia da foz do Amazonas. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu uma nota técnica apontando os riscos e fragilidade em autorizar essa exploração da região.
A procura por explorar petróleo na Amazônia está intimamente ligada à demanda global por combustíveis fósseis. A bacia da Foz do Amazonas, uma região de sensibilidade socioambiental, abriga Unidades de Conservação, Terras Indígenas e uma rica biodiversidade terrestre e marinha, incluindo espécies ameaçadas de extinção. A extração de petróleo nessa área ameaça a integridade dos ecossistemas e coloca em risco as populações locais que dependem dos recursos naturais da região. Esse assunto também foi debatido durante o programa de rádio Perspectiva, do Observatório.
Diante desse cenário, o Greenpeace Brasil lançou o abaixo-assinado “Petróleo na Amazônia não!” com o objetivo de pressionar o governo brasileiro a declarar a Amazônia uma zona livre de petróleo. Esta iniciativa busca manter o compromisso de proteger e consolidar o Brasil como uma liderança climática e ambiental global. A proteção da região não apenas preserva sua biodiversidade e o modo de vida das comunidades locais, mas também contribui para combater a crise climática, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa.
A relação socioambiental da extração de petróleo na Amazônia afeta diretamente o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda da ONU. A proteção da biodiversidade e a promoção de comunidades sustentáveis na região são metas alinhadas com os ODS, especialmente aqueles relacionados à vida terrestre, vida aquática e ação climática (ODS 13, 14 e 15).