Após Carnaval, disparam casos graves de covid e hospitais ficam lotados
Mesmo com o cancelamento do feriado de Carnaval, muitos brasileiros participaram de festas clandestinas e outras aglomerações no período, o que fez disparar o número de casos de Covid-19 no país.
Um exemplo de cidade que vive um grande aumento dos casos é Curitiba (PR). Três hospitais registraram fila de pacientes à espera de atendimento geral, na noite da última quarta-feira (24/02), após os leitos das instituições ficarem lotados.
Segundo a secretária de Saúde da cidade, Márcia Huçulak, a falta de vagas para o atendimento geral está diretamente relacionada ao aumento no número de casos de Covid-19 no município.
“Pós-carnaval, tem sido uma avalanche de casos de Covid-19 nas UPAs e com quadros graves. Quando a sociedade se movimenta, aumenta a proliferação e o número de casos, o que demanda mais internação para a doença, e ao mesmo tempo aumenta o número de acidentes, de trauma e violência. A gente precisa que a sociedade circule menos”, disse a secretária.
Nos hospitais do Trabalhador, Cajuru e Evangélico Mackenzie, pacientes aguardaram dentro de ambulâncias ou até mesmo em tendas do lado de fora dos hospitais.
A ocupação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para a doença está em 93% na capital, com apenas 27 vagas ainda disponíveis na cidade, segundo balanço divulgado pela prefeitura na última quarta-feira.
Não é só Curitiba que vem sofrendo com a alta de casos de Covid-19. Araraquara, no interior de São Paulo, decidiu prorrogar o ‘lockdown’, com restrição de circulação e fechamento de mercados por mais 78 horas, terminando no sábado (27/02), às 6h. A cidade continua com 100% dos leitos dos hospitais ocupados.
Araraquara (SP) registrou mais 7 mortes por Covid-19, recorde em um único dia, na quarta-feira (24/02) e soma 192 desde o início da pandemia. O número de mortes pela doença em janeiro e fevereiro (100) já ultrapassa o total de mortes do ano passado (92).
A cidade já confirmou 29 casos da variante brasileira do novo coronavírus, a P.1., identificada primeiro em Manaus (AM). O aumento de casos, internações e mortes pode ter relação com a variante, segundo a prefeitura.
Fonte: G1