App ajudará comunidades da Amazônia a combater ameaças à floresta
O app Terra on Track foi desenvolvido por ONGs em parceria com comunidades da região para facilitar o monitoramento do território e a criação de alertas pelos próprios habitantes
Por: Mariana Lima
A região da Amazônia é habitada por diversas populações tradicionais que dependem da manutenção da floresta para exercer suas atividades, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, pescadores artesanais e agricultores familiares. Essas comunidades são diretamente afetadas pelo desmatamento e os focos de incêndio na região.
Buscando oferecer ferramentas para auxiliar essas comunidades no combate às violações de seus territórios, ONGs firmaram parceria com comunidades da região para criar o aplicativo Terra on Track.
O aplicativo irá facilitar o monitoramento do território e a criação de alertas pelos próprios habitantes, fortalecendo o controle social das áreas para que as ameaças possam ser detectadas mais rapidamente e combatidas.
Inicialmente, a plataforma desenvolvida pela ONG Imaflora e Programa SERVIR-Amazônia trará dados do norte do Pará — a partir de fontes confiáveis como a Nasa e o sistema DETER do Inpe — e será utilizada por lideranças que já receberam treinamento sobre suas funcionalidades, em São Félix do Xingu e Alenquer.
Apesar dessa restrição neste primeiro momento, a ferramenta é aplicável em toda a Amazônia. A ampliação do uso depende de uma articulação com mais comunidades, que está nos próximos passos do projeto.
Segundo o Imaflora, os dados de usuários não serão abertos ao público geral. Cada comunidade terá um login próprio para acessar os dados de sua região.
A organização também tem dialogado com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará para que o aplicativo possa ser usado pelo Programa Territórios Sustentáveis, voltado a promover o desenvolvimento sustentável no campo.
Os primeiros usuários já deram retorno sobre aprimoramentos a serem feitos no app, como permitir a visualização do mapa em modo offline, funcionalidade importante em uma região onde a conexão à internet não cobre todo o território, e a criação de outros tipos de alerta para garimpo ilegal e pulverização aérea de herbicidas, que muitas vezes, prejudica as culturas de pequenos produtores.
De acordo com os desenvolvedores, a ferramenta será continuamente testada e aperfeiçoada com a participação das comunidades, de quem partiu a demanda por uma tecnologia do tipo.
A meta é que o aplicativo permita a realização de denúncias embasadas em dados, como as coordenadas exatas das áreas desmatadas ou queimadas.
Fonte: ECOA UOL
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14/10/2021 @ 18:00
[…] Fonte:Laboratório do Terceiro Setor […]