Árvore de Natal surgiu 3 mil anos antes de Cristo
No dia 25 de dezembro, cristãos do mundo todo comemoram o nascimento de Jesus Cristo. Famílias e amigos celebram a data trocando presentes que ficam na famosa árvore de natal.
O que muitas pessoas não sabem é que essa tradição da árvore de natal nasceu bem antes de Jesus Cristo. Antigas civilizações que habitaram os continentes europeu e asiático 3 mil anos antes de Cristo já consideravam as árvores como um símbolo divino.
Eles as cultivam e realizavam festivais em seu favor. Essas crenças ligavam as árvores a entidades mitológicas e sua projeção vertical, desde as raízes fincadas no solo, marcava a simbólica aliança entre os céus e a mãe terra.
Nas vésperas do solstício de inverno, os povos pagãos da região dos países bálticos cortavam pinheiros, levavam para seus lares e os enfeitavam de forma muito semelhante à que se faz nos atuais dias. Essa tradição passou aos povos Germânicos, que colocavam presentes para as crianças sob o carvalho sagrado de Odin, como eram chamadas na época as árvores de natal.
No início do século VIII, o monge beneditino São Bonifácio tentou acabar com essa crença pagã que havia na Turíngia, para onde fora como missionário. Com um machado cortou um pinheiro sagrado, que os locais adoravam no alto de um monte, e foi muito criticado e insultado, não conseguindo a erradicação da crença. Então São Bonifácio decidiu associar o formato triangular do pinheiro à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Jesus. Associando a crença pagã com a cristã, surgiu a árvore de natal nas festas cristãs.
A primeira árvore de natal foi decorada em Riga, na Letónia, em 1510. Acredita-se também que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, como velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.
Durante o século XIX, a prática foi levada para outros países europeus e para os Estados Unidos. Apenas no século XX essa tradição chegou à América Latina.
Atualmente essa tradição é comum a católicos, protestantes e ortodoxos.