IBGE: quilombolas vivem em apenas 30% dos municípios brasileiros
A população quilombola que vive no Brasil ocupa apenas 1.700 dos 5.570 municípios brasileiros, correspondendo a 30% das cidades brasileiras. No total, são 1,3 milhões de pessoas deste grupo, correspondendo a 0,66% do total de brasileiros.
A população quilombola que vive no Brasil ocupa apenas 1.700 dos 5.570 municípios brasileiros, correspondendo a 30% das cidades brasileiras. No total, são 1,3 milhões de pessoas deste grupo, correspondendo a 0,66% do total de brasileiros. Os dados são do Censo 2022 e foram divulgados na última sexta-feira (03/05) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Por mais absurdo que pareça os dados dos quilombolas nunca foram coletados pela pesquisa. Na divulgação da publicação ‘Brasil Quilombola: Quantos Somos, Onde Estamos?’, em Brasília, o presidente em exercício do IBGE, Cimar Azeredo, considera que os números inéditos sobre esse grupo populacional são uma verdadeira reparação histórica de injustiças cometidas no passado.
A região que concentra a maior quantidade é o Nordeste, com 906.337 quilombolas, correspondendo a 68,1% da população total, seguida do Sudeste e do Norte com 182.427 e 167.311 pessoas, respectivamente. Com 5,6% da população quilombola, as regiões Centro-Oeste e Sul têm 44.997 e 29.114 pessoas, nesta ordem.
A Bahia é o estado com maior quantitativo de população quilombola – 397.502 pessoas. Em seguida vem o Maranhão, com 269.198 pessoas. Juntos, eles têm 50,12% dos quilombolas do país. Roraima e Acre não têm presença quilombola.
O Censo 2022 mostrou que o Brasil tem 1,32 milhão de quilombolas, residentes em 1.696 municípios. Um dos quilombos que vivem essa população é o Quilombo Ivaporunduva, localizado no Município de Eldorado São Paulo, na SP 165, Eldorado/Iporanga, às margens do Rio Ribeira de Iguape. Composta por 80 famílias, a Comunidade de Ivaporunduva tem uma população de 308 pessoas, sendo 80 crianças, 195 adultos e 33 idosos.
A sobrevivência dessas famílias é conseguida com o cultivo tradicional de roça: arroz, mandioca, milho, feijão, verduras e legumes para uso próprio. Para o consumo e geração de renda produzem banana orgânica e artesanato, recebem grupos escolares para turismo, além de algumas pessoas que são funcionárias da prefeitura e aposentadas. O Observatório esteve no Quilombo por 3 dias com o Instituto C&A e acompanhou o seu trabalho, clique aqui para ler a matéria.
Fonte: R7