Brasil resgatou 2.575 pessoas vítimas do trabalho escravo em 2022
A Inspeção do Trabalho resgatou 2.575 vítimas de trabalho escravo em 2022 durante 462 fiscalizações realizadas em todo o Brasil.
A Inspeção do Trabalho resgatou 2.575 vítimas de trabalho análogo ao de escravo em 2022 durante 462 fiscalizações realizadas em todo o Brasil, segundo dados do Ministério do Trabalho, divulgados na última terça-feira (24/01).
O número representa um aumento de 32,9% em relação ao ano anterior, quando as operações resgataram 1.937 pessoas destas condições.
As indenizações em 2022 chegaram a um valor de R$ 8.187.090,13, correspondente a verbas salariais e rescisórias ante a rescisão imediata dos contratos de trabalho.
O cultivo de cana-de-açúcar foi a atividade econômica na qual mais pessoas foram resgatadas: 362. Em seguida, atividade de apoio à agricultura (273), produção de carvão vegetal (212), cultivo de alho (171) e cultivo de café (168). Na área rural ocorreram sete em cada dez das ações fiscais; o setor representou 87% dos resgates.
No meio urbano, 210 trabalhadores foram resgatados, divididos em atividades como a construção civil (68), serviços (63) e confecção de roupas (39).
A maioria dos trabalhadores resgatados no ano passado é formada por homens (92%) e negros ou pardos (83%).
Mais de metade (51%) residia no Nordeste, sendo 58% naturais dessa região.
Quanto à escolaridade das vítimas, 23% disseram ter estudado até o 5º ano incompleto, 20% cursaram do 6º ao 9º ano incompletos e 7% se declararam analfabetos.
Dos 2.500 resgatados, 148 eram migrantes de outros países, o que representa o dobro do ano anterior: 101 paraguaios, 25 bolivianos, 14 venezuelanos, 4 haitianos e 4 argentinos.
Fonte: R7