Carta revela que FBI planejou o assassinato do ativista Malcolm X
Na época, três homens ligados à organização da qual Malcolm foi líder foram presos. O ativista foi morto aos 39 anos e até hoje não se sabe quem planejou o crime
Por: Isabela Alves
Malcolm X foi um dos mais conhecidos líderes na luta pelos direitos da população negra dos Estados Unidos.
Nascido em 19 de maio de 1925, em Nebraska (EUA), e registrado como Malcolm Little, desde pequeno ele sofreu com os horrores do racismo. Ele foi assassinado no dia 21 de fevereiro de 1965, aos 39 anos, e até hoje não ficou esclarecido quem planejou o crime.
No entanto, o surgimento de uma carta aponta para uma possível conspiração entre o FBI e a polícia de Nova York contra a vida do ativista. Na época, três homens ligados à organização da qual Malcolm foi líder foram presos.
Escrita por Raymond Wood, ex-oficial da Polícia de Nova York, a carta denuncia supostas prisões arbitrárias de homens que cuidavam da segurança de Malcolm X dias antes da morte do ativista.
De acordo com o documento, um ex-policial teria confessado no próprio leito de morte que havia recebido instruções de superiores para prender guardas responsáveis por manter Malcolm seguro.
Na carta, Wood também revela que recebeu ordens de seus chefes para influenciar alguns guardas da equipe de Malcolm X a cometerem crimes poucos dias antes do assassinato.
Wood afirmou que, se esses homens não tivessem sido presos, eles estariam cuidando da segurança da porta por onde os assassinos entraram armados.
Todos os acontecimentos foram planejados por agentes do FBI e pelo departamento de polícia de Nova York para dar fim à vida do ativista.
Depois desta revelação, a família de Malcolm pediu a retomada do caso. O pedido foi reforçado pelo advogado de direitos civis Ben Crump, que está representando as filhas de Malcolm e liderando a acusação.
Fonte: Hypeness