Casos de sífilis aumentam 16 vezes em apenas 11 anos no Brasil
Cerca de 64.300 casos de sífilis adquirida foram registrados no Brasil somente no primeiro semestre de 2021, segundo o Ministério da Saúde. São 16 vezes mais casos do que em todo o ano de 2010
Uma doença grave está assustando médicos pelo alto número de infectados no país. Cerca de 64.300 casos de sífilis adquirida foram registrados no Brasil somente no primeiro semestre de 2021, segundo dados atualizados do Ministério da Saúde. O número é 16 vezes maior do que em todo o ano de 2010, quando 3.936 pessoas foram diagnosticadas com a doença.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) e pode ser transmitida também da mãe para o bebê, durante a gestação ou o parto.
Quando há a infecção, vários sintomas podem surgir, incluindo manchas no corpo e feridas no local de entrada da bactéria que podem desaparecer sozinhas, o que dificulta o diagnóstico.
Os homens representam mais de 62% dos casos de disseminação da bactéria chamada Treponema pallidum.
A médica da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Cecília Roteli, afirma que a causa do aumento expressivo da sífilis é a falta de tratamento adequado, além da falta do uso de preservativo.
“Na realidade, todas as doenças infecciosamente transmissíveis têm como motivo a falta de tratamento, porque sem ele a circulação da bactéria é muito maior. Os homens geralmente têm mais receio de ir ao médico do que a mulher e isso influencia para o maior número de casos. Não diria que essa explosão de sífilis é uma alteração de comportamento dos brasileiros”, afirma a ginecologista.
Um levantamento feito pela CNN mostra que o Sudeste representa 45% dos casos. Em seguida, aparecem o Sul (22%), Nordeste (16,5%), Norte (8%) e, por último, o Centro-Oeste (7%).
Vale destacar que é possível fazer o teste rápido de sífilis no Sistema Único de Saúde (SUS) e que existe cura para a doença, quando o tratamento é realizado de forma correta. Para saber mais sobre a sífilis, seus sintomas, diagnóstico e tratamento, acesse o site do Ministério da Saúde.
Fonte: CNN Brasil