Catadora mais antiga do país participa de filme para reunir doações
A catadora Tereza é uma das protagonista do documentário #NossaFamília. Através das doações, os interessados conseguem assistir ao filme
Por: Mariana Lima
Tereza Felipe é conhecida entre os integrantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis como a catadora mais antiga do Brasil.
Mineira, Tereza chegou em São Paulo ainda adolescente após ter sido adotada por um casal em Ribeirão Preto, na década de 1950.
Depois de casada, ela decidiu tentar a vida na capital com o marido. O casal morou na rua durante alguns anos, mas com a renda obtida na coleta de materiais recicláveis conseguiu juntar dinheiro para comprar uma casa própria na zona leste da cidade ainda nos anos 1960.
Além de ser o primeiro lar do casal, a casa passou a funcionar também como abrigo para os filhos das mulheres que faziam coleta em aterros irregulares.
Muitas destas mulheres seguiram seus caminhos, enquanto os filhos iam ficando. Tereza tinha o sonho de ter uma grande família, que acabou se realizando de uma forma inesperada.
Ela teve dois filhos biológicos até descobrir que tinha Doença de Chagas e não poderia mais engravidar. Assim, se tornou mãe de filhos adotivos registrados em cartório.
Hoje, Tereza é uma das protagonistas de documentário #NossaFamília, ao lado de Maria Lucia Sobral, que também acolheu diversas crianças e adolescentes e adotou vários deles.
Em meio à pandemia, a categoria de catadores se viu em uma situação de vulnerabilidade ainda maior. Assim, a CineVozes, da Cia Um Brasil de Teatro e Artes, desenvolveu uma pesquisa voltada para dar dignidade ao trabalho do catador.
Com o intuito de visibilizar essa categoria de profissionais, deram início ao projeto “Ação Catadoras”, para arrecadar fundos para ajudar essas famílias.
Os interessados podem realizar doações por meio do site da CineVozes e qualquer valor doado dá direito a assistir ao filme, dirigido e produzido por Maz Mu e conduzido pelo ator Eduardo Silva, o Bongô de “Castelo Rá-Tim-Bum”.
Fonte: ECOA – UOL