Com 142 casos, síndrome em crianças ligada à Covid-19 assusta o Brasil

O Ceará apresentou o maior número de registros: 41 até agora. Em seguida vêm o Rio de Janeiro, com 22, e São Paulo, com 18 casos

Uma reação inflamatória grave que só acomete crianças e está associada a uma resposta tardia ao novo coronavírus está assustando pais e pediatras no Brasil e no mundo. Trata-se da Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica (PIMS, na sigla em inglês).

Ao todo, o país já registrou ao menos 142 casos da chamada Sim-P, com nove mortes, segundo balanço feito pela Folha de São Paulo com base em dados de secretarias estaduais de Saúde e do Ministério da Saúde.

Os estados de Santa Catarina, Roraima, Rondônia, Amapá, Mato Grosso do Sul, Sergipe e Alagoas não responderam.

Os casos foram registrados em 15 estados e no Distrito Federal, que também têm outros dez casos em investigação. A doença chama atenção pela gravidade, por ser algo novo e pela possível subnotificação.

A situação levou a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) a fazer um alerta em maio. Diante do aumento nos relatos, um novo documento foi elaborado pelo Ministério da Saúde em 20 de julho, orientando a identificação.

O Ceará apresentou o maior número de registros: 41 até agora. Em seguida vêm o Rio de Janeiro, com 22, e São Paulo, com 18 casos. Em nota, o estado atribui o maior número de casos a ações de testagem em massa e vigilância.

Os registros apontam para um quadro que começa com febre alta e contínua, com possibilidade de dor abdominal, vômito e diarreia, além de conjuntivite e aparecimento de erupções e inflamações. A doença pode comprometer os órgãos e levar à morte.

Fonte: Folha de São Paulo