Com maior alta em 20 anos, Brasil tem o 2º maior juro do mundo
A taxa básica da economia brasileira está em segundo lugar no ranking de maiores juros reais (descontada a inflação) do mundo
A alta de 1 ponto percentual na Selic, anunciada pelo Banco Central na última quarta-feira (23/09), levou a taxa básica da economia brasileira ao segundo lugar no ranking de maiores juros reais (descontada a inflação) do mundo. Com a mudança, a Selic foi de 5,25% ao ano (a.a.) para 6,25% a.a.
Com a decisão, o Brasil passou a Rússia, ficando atrás somente da Turquia, com juros reais de 3,34%, segundo o ranking da gestora de recursos Infinity Asset Management.
Esse valor, que corresponde, de forma geral, à recompensa do investidor, fica em 4,96% na Turquia e em 1,87% na Rússia.
Desde a virada de 2002 para 2003 a taxa básica não subia tanto e em tão pouco tempo.
“Quanto mais altos são os juros, menores são os investimentos, a economia cresce menos, mas pelo menos existe um controle da inflação”, explica Murillo Torelli, professor de contabilidade financeira e tributária da Universidade Presbiteriana Mackenzie em entrevista ao R7.
A alternativa pela elevação da taxa de juros é o instrumento de política monetária mais utilizado para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzindo a disposição para consumir.
Reagindo à escalada da inflação no Brasil, o atual ciclo de aperto monetário começou em março deste ano, quando a Selic saiu da mínima histórica de 2% ao ano para 2,75%, até chegar aos 6,25% nesta quarta-feira.
O ranking da Infinity ainda aponta que, entre 168 países, 82,7% mantiveram os juros, 14,3% elevaram e 3,0% cortaram.
Fontes: CNN Brasil e R7