Covid: crianças têm mais chances de serem infectadas do que de infectar
As chances de uma criança contrair covid após ter contato com um adulto infectado são maiores do que as chances de a criança infectar outras pessoas. Dados mostram que a infecção foi mais frequente em crianças com menos de 1 ano (25%) e na faixa de 11 a 13 anos (21%)
As chances de uma criança contrair covid-19 após ter contato com um adulto ou adolescente infectado são maiores do que as chances de a criança infectar outras pessoas. A conclusão é de um estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), um dos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
O estudo analisou dados de 323 crianças (de 0 a 13 anos), 54 adolescentes (14 a 19 anos) e 290 adultos, entre maio e setembro de 2020. Todos são moradores da comunidade de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, onde a Fiocruz está sediada. De acordo com os cientistas, apenas 45 crianças testaram positivo para a covid-19 (13,9% do total).
Os dados mostram que a infecção foi mais frequente em crianças com menos de 1 ano (25%) e na faixa de 11 a 13 anos (21%). Todas as crianças que testaram positivo tiveram contato com um adulto ou adolescente com sinais recentes de covid-19.
A volta às aulas presenciais no país está sendo motivo de preocupação para os pais. Só o estado de São Paulo registrou 5.651 casos prováveis de covid-19 em ambiente escolar entre 3 de janeiro e 1º de maio deste ano, conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual de Educação na última sexta-feira (07/05). Os números correspondem a uma média de 332 casos por semana.
Intitulado ‘A dinâmica da infecção de SARS-CoV-2 em crianças e contatos domiciliares em uma comunidade pobre do Rio de Janeiro’, o artigo produzido pelo INI foi publicado na revista Pediatrics, da Sociedade Americana de Pediatria (SBP), após ser revisado pela comunidade científica.
Fonte: CNN Brasil