Diretor da OSC Gabriel fala sobre importância do diálogo entre entidades
Para ele, eventos são fundamentais para troca de experiências e solução de problemas comuns nas OSCs
Por Caio Lencioni
Fundada há 18 anos, a OSC Gabriel desenvolve projetos de incentivo à doação de órgãos, sangue e medula em todo o Brasil. Além dessas campanhas, a organização realiza programas de prevenção da Hepatite C e de doenças renais.
Em Indaiatuba, no interior de São Paulo, onde fica a sede da entidade, a organização desenvolve um projeto para pessoas com deficiência visual.
Segundo Valdir de Carvalho, diretor executivo da OSC Gabriel, o projeto serve para desenvolver a autonomia das pessoas com deficiência visual. “Muitas delas nem saem de casa. A organização ensina como, por exemplo, elas podem usar a bengala para conseguirem ir ao mercado ou à farmácia”.
O diretor conta que um dos objetivos da entidade é criar um centro de referência em Indaiatuba para as pessoas com deficiência visual.
Para além desses projetos, a OSC Gabriel diversifica as campanhas, abordando outros temas importantes para a sociedade.
Valdir aponta que muitas pessoas morrem na fila do transplante de órgãos e que é necessário conscientizar mais pessoas sobre o assunto. “As pessoas morrem mais na fila do transplante do que de doenças como dengue”.
Profissionalização do terceiro setor
Valdir conta que, desde 2001, procura capacitações para o terceiro setor. “Por conta do impacto do terceiro setor, você começa a procurar capacitações para profissionalizar a organização, para que ela gere cada vez mais impacto”.
O diretor executivo da OSC Gabriel participou dos 3 primeiros eventos do ‘Ciclo de Palestras Profissionalizar Para Transformar o Terceiro Setor’, promovido pelo Observatório do Terceiro Setor, e diz que as palestras de captação, assim como as de comunicação e com foco jurídico, foram muito enriquecedoras. “É necessário conhecer mais sobre a captação de recursos. Ela é necessária para a sustentabilidade da organização”.
Além disso, Valdir destaca que os eventos são importantes pelo fato de haver uma troca de experiências com outras entidades. Assim, além de realizar conexões, é possível compartilhar soluções para problemas comuns. E isso enriquece o terceiro setor.
Ele também lembra que, por mais que o dia a dia das entidades seja difícil, além dos recursos captados serem baixos, “o lucro é o impacto atingido”.
Valdir lembra das palestras de comunicação, realizadas por Tiemi Yamashita. No segundo evento do Observatório, a especialista falou sobre a importância de engajar apoiadores através das redes sociais. “Achei importante ela falar sobre o público de cada rede social. Isso me fez perceber os diferentes usuários e qual público queremos atingir”, conta Valdir.
Sobre o 4º evento do Observatório do Terceiro Setor, que será realizado no dia 11 de abril, Valdir conta que não conseguirá comparecer, mas que uma equipe da OSC Gabriel estará presente para assistir às palestras, que abordarão assuntos importantes para o Terceiro Setor, como a captação de recursos, a comunicação da entidade, além dos aspectos jurídicos que envolvem as organizações.