Doença nova da pandemia tem 511 casos e 35 crianças mortas no Brasil
A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) só ataca crianças e adolescentes e tem sintomas que começam com manchas na pele e evoluem para problemas cardíacos, renais e neurológicos, podendo levar à morte
A pandemia de Covid-19 está deixando um rastro de mortes e preocupação no Brasil e no mundo. As crianças, que em um primeiro momento pareciam fora de risco, começam a preocupar pelo alto número de internações e óbitos por Covid-19.
Durante a pandemia surgiu, ainda, uma nova doença que ataca apenas crianças e adolescentes. Pelo que os dados indicam, a doença está relacionada com a Covid-19, pois costuma atingir quem já foi infectado pelo novo coronavírus.
Esta doença se chama Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) e tem sintomas que começam com manchas na pele e evoluem para problemas cardíacos, renais e neurológicos, podendo levar à morte.
O Ministério da Saúde registrou em todo o país 511 casos confirmados e 35 mortes pela síndrome. Países como Inglaterra, Itália e Estados Unidos já reportam casos e óbitos da doença.
O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que considera casos até o início de novembro, aponta que só no Distrito Federal já foram notificados 42 casos, com uma morte.
Segundo a Secretaria de Saúde, a vítima fatal é uma adolescente de 17 anos. A jovem morreu em agosto. A pasta também informou que, entre o total de casos registrados na capital, seis são de pessoas que moram em outros estados e em um não consta o endereço de residência.
Somente no Distrito Federal, até o dia 25 de setembro, foram 26 casos. A alta, em dois meses, é de 61,5%.
Os relatos indicam a apresentação de um quadro muito parecido com o da raríssima Síndrome de Kawasaki, uma inflamação sistêmica de causa desconhecida, mais comum na Ásia. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, conjuntivite, manchas no corpo, vermelhidão na sola dos pés e na palma das mãos. A principal complicação é a ocorrência de aneurismas na artéria coronária. Se não for tratada adequadamente, a doença pode levar à morte.
Fonte: G1