Em época de intolerâncias, evento promove direitos humanos
Conectas realiza feira comemorativa e abre espaço para 28 projetos de diversas regiões do país
Por Mateus Vasconcellos
Aconteceu no último dia 8 de dezembro a 2ª Feira de Direitos Humanos organizada pela Conectas. Promovido com o intuito de celebrar o Dia Internacional dos Direitos humanos (10/12), o evento ocorreu na sede da ONG, em São Paulo, e abriu espaço para exposição de 28 projetos de diversas regiões do país. Os trabalhos tratavam da promoção da cidadania e dos direitos humanos. O Observatório do Terceiro Setor esteve presente, cobrindo o evento.
Jéssica Carvalho Morris, diretora executiva da Conectas, conta que celebrar os direitos humanos é motivo de orgulho para a ONG. “Para comemorar e marcar essa data, nada mais especial que honrar o DNA da Conectas trazendo pessoas para apresentar e divulgar seus projetos ligados aos direitos humanos e o impacto que cada um tem em seu local”, diz a diretora.
A estudante de jornalismo e expositora Gabriela Beraldo apresentou o trabalho ‘Recomeçar Brasileira – Histórias de mulheres refugiadas no Brasil’, livro-reportagem que narra a história de quatro mulheres estrangeiras que estão vivendo no Brasil. Para Gabriela, iniciativas como a da Conectas colaboram com o fortalecimento do tema. “A Feira é uma forma de gratificação do trabalho, além de dar apoio a uma área que não é tão valorizada, como são os direitos humanos”.
Uma oportunidade que a Feira da Conectas traz é a de aproximar pessoas do mesmo campo que não se conhecem. “Dois grupos expositores trabalhavam na mesma área, mas não se conheciam até a Feira. A partir da exposição começaram a manter contato, hoje têm projetos em conjunto”, conta Jéssica sobre o evento de 2015.
Outro projeto exposto na Feira foi o do grupo de Daniel Almeida, o webdocumentário ‘Águas do Cambury – No Curso de uma Luta por Reconhecimento’. O trabalho aborda a luta do Cambury, bairro de Ubatuba, para ser titulado como de remanescente de quilombo, dando a seus moradores o direito sobre a terra. Daniel entende que o evento agrega experiência para os expositores e finaliza: “É uma chance de aumentar nossa percepção e ver o quão complexa é área dos direitos humanos”.