Estudo aborda a desigualdade no espaço político brasileiro
Documento analisa as principais barreiras que negros, mulheres e pessoas de baixa renda enfrentam na hora de construir suas candidaturas
Por: Mariana Lima
A pesquisa ‘Democracia de quem? Um estudo sobre desigualdade e eleições’ aborda as principais barreiras que mulheres, negros e a população de baixa renda enfrentam para construir suas carreiras políticas.
A análise foi produzida por Pedro Telles, cofundador da Bancada Ativista (movimento cívico em prol da eleição de ativistas para o poder legislativo), que exerce a função de chefe de gabinete do mandato coletivo do movimento na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Telles possui experiência nas áreas de advocacy, mobilização social e desenvolvimento de políticas públicas, além de colaborar com organizações e movimentos da sociedade civil.
Unindo sua experiência a entrevistas de profundidade e uma extensa revisão bibliográfica, ele traz uma discussão sobre a ocupação de minorias no setor político.
O estudo foi desenvolvido ao longo de 2019 como parte do programa Atlantic Fellows for Social and Economic Equity, da London School of Economics and Political Science (LSE), e publicado pelo Instituto Update, organização da sociedade civil de pesquisa e fomento à inovação política na América Latina.
Na apresentação da pesquisa, Telles chama a atenção para a composição do congresso brasileiro. “No Brasil, a quarta maior democracia do mundo, 85% dos membros do congresso são homens e 76% são brancos, deixando mulheres, negros e indígenas drasticamente sub-representados”.
Nos oito capítulos que compõem o estudo, estão os principais fatores relacionados a desigualdades que tornam difícil ou impossível uma maior representação na política brasileira, abrindo espaço para uma análise das eleições de 2020.
Ao todo, são apresentados 7 principais dimensões do desenvolvimento de candidaturas em que as diferenças afetam significativamente as perspectivas eleitorais.
Para ler o estudo completo, clique aqui.