Fórum de Finanças Climáticas mapeia desafios e promove debates
O Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, liderado por organizações como o Instituto Arapyaú e a Open Society Foundations ocorre nos dias 26 e 27 de fevereiro, em São Paulo; evento visa mapear desafios, impulsionar financiamento climático e promover diálogos internacionais, destacando a importância do setor privado e da filantropia na transição sustentável do Brasil.
Por Redação
O Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas surge como uma iniciativa para abordar os desafios ambientais prementes, tendo como seu principal objetivo o mapeamento dos desafios para alavancar o financiamento climático global. Este evento tem como propósito incentivar a construção de um plano efetivo de ações com metas até a COP30, em diálogo com o Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda e outras instâncias governamentais. O fórum visa, assim, ampliar a complexidade da matriz econômica do Brasil, promover a competitividade dos setores produtivos frente aos mercados globais e mobilizar recursos para uma transição justa e inclusiva.
A iniciativa do fórum partiu de organizações comprometidas com a sustentabilidade, incluindo o Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade (ICS), Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia. Este encontro reúne representantes do setor privado nacional e internacional, coalizões empresariais, academia, sociedade civil, filantropia e organismos multilaterais, ocorrendo como um evento oficial do G20 Social.
Os participantes abordarão uma gama abrangente de temas, desde o financiamento climático internacional até a mudança do sistema alimentar e a transição energética. Questões como modelos financeiros para a transformação ecológica do Brasil, investimentos verdes na Amazônia, e estratégias de bioeconomia para enfrentar a crise climática estarão em foco. O evento também discute o papel do setor privado e da filantropia na mobilização de recursos necessários.
Às vésperas do encontro do G20, o fórum visa elaborar recomendações que serão apresentadas aos líderes do bloco. Influenciar o G20 torna-se crucial, pois esse grupo representa 85% do PIB global e é responsável por mais de 80% das emissões relacionadas ao setor energético. Os debates no G20 podem acelerar os compromissos financeiros das principais lideranças globais em relação ao financiamento climático.
“O fórum reflete um novo patamar para a sociedade, essa agenda (do evento) demanda um olhar integrado, uma relação entre finanças, clima, diversidade e inclusão”, disse Renata Piazzon, Diretora geral do Instituto Arapyaú.
Um estudo do Instituto AYA e Systemiq destaca a necessidade de atrair investimentos de US$130-160 bilhões anuais para financiar a transição do Brasil. Setores público e privado devem colaborar para alcançar essas metas, considerando a atratividade dos investimentos para o capital privado. “É preciso olhar o desenvolvimento a partir de uma economia inclusiva”, ponderou Marcelo Furtado, diretor do Instituto Itaúsa.
Organizações como o Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia desempenham papel crucial no fórum. Suas ações estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, promovendo soluções sistêmicas e escaláveis para desafios como mudanças climáticas e perda de biodiversidade, contribuindo para as metas ligadas à ação contra mudança global do clima e parceria e meios de implementação (ODS 13 e 17).