Holocausto: 1,5 milhão de crianças foram mortas pelos nazistas
Os nazistas e seus colaboradores assassinaram cerca de 1,5 milhão de crianças, sendo um milhão delas judias e dezenas de milhares de ciganos Romas; entre as vítimas estavam crianças alemãs com deficiências físicas ou mentais que viviam em instituições, crianças polonesas e as que moravam na parte ocupada da União Soviética.
O dia 27 de janeiro é considerado o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto ou Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto; a data relembra o genocídio cometido pelos nazistas e seus adeptos que ceifaram a vida de milhões de pessoas judias, ciganas, poloneses, homossexuais, pessoas com deficiência, comunistas e outras minorias durante a II Guerra Mundial.
Infelizmente entre as vítimas estavam 1,5 milhão de crianças. As crianças eram especialmente vulneráveis durante a época do Holocausto. Os nazistas defendiam o assassinato de crianças de grupos “indesejáveis” ou “perigosos”, de acordo com a sua visão ideológica.
Os nazistas e seus colaboradores assassinaram cerca de 1,5 milhão de crianças, sendo um milhão delas judias, e dezenas de milhares de ciganos Romas, além de crianças alemãs com deficiências físicas ou mentais que viviam em instituições, crianças polonesas e as que moravam na parte ocupada da União Soviética.
O destino das crianças, judias e não-judias, era classificado da seguinte maneira: 1) crianças assassinadas assim que chegavam aos campos de extermínio; 2) crianças mortas assim que nasciam ou mortas nas instituições onde viviam; 3) crianças que nasciam nos guetos e campos, mas que sobreviviam porque os prisioneiros as escondiam; 4) crianças, normalmente maiores de 12 anos, que eram usadas como escravas ou em experiências “médicas”; e 5) crianças que morriam devido às represálias nazistas nas chamadas operações anti-partisans.
Uma das histórias mais cruéis com crianças aconteceu em 10 de junho de 1942, em uma pequena cidade da antiga Tchecoslováquia, hoje República Tcheca. Nazistas mataram todos os 173 homens e as 52 mulheres adultas da pequena cidade de Lídice como uma represália pelo assassinato do oficial nazista Reinhard Heydrich, o Reichsprotektor (governante) do Protetorado da Boêmia e Morávia. A aldeia foi arrasada, dezessete crianças que foram consideradas adequadas para serem “germanizadas” foram levadas pelos nazistas, as mulheres e crianças restantes foram separadas e enviadas para campos de concentração. As crianças foram asfixiadas com gás. Após a guerra, uma cruz foi erguida em Lídice em memória das crianças assassinadas.
Entre 1938 e 1940, o Kindertransport, Transporte das Crianças, era o nome informal de um movimento de resgate que levou milhares de crianças judias, sem seus pais, para locais seguros na Grã-Bretanha, longe da Alemanha nazista e dos territórios por ela ocupados. Alguns não-judeus esconderam crianças judias, e algumas vezes, como no caso de Anne Frank, escondiam também outros membros da família. Na França, de 1942 a 1944, quase toda a população protestante da cidade de Le Chambon-sur-Lignon, bem como padres, freiras e católicos laicos deram abrigo a crianças judias, mantendo-as longe dos olhos dos nazistas. Na Itália e na Bélgica muitas crianças conseguiram salvar-se por terem sido escondidas nestes tipos de esconderijo.
Após a rendição da Alemanha nazista e o fim da Segunda Guerra Mundial, os refugiados e pessoas deslocadas pela guerra passaram a procurar seus filhos por toda a Europa. Havia também milhares de órfãos nos campos para refugiados. Um grande número de crianças judias foi levado do leste europeu para áreas a oeste da Alemanha ocupada, em um movimento de êxodo em massa denominado Brihah, com a ajuda da organização Youth Aliyah, Imigração Jovem. Estas crianças foram posteriormente levadas para o Yishuv, nome dado à área dos assentamentos judaicos dentro do Mandato Britânico na Palestina, onde em 14 de maio de 1948 o Estado de Israel proclamou sua independência.
Fontes: Wikipédia e Enciclopédia do Holocausto