Jornalista presa por denunciar surto de covid na China corre risco de morte
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) emitiu um comunicado nesta sexta-feira (27/08) instando o governo chinês a libertar imediatamente a jornalista para que ela receba cuidados médicos adequados
A jornalista Zhang Zhan, de 37 anos, condenada a quatro anos de prisão, está em greve de fome há mais de um ano, desde junho de 2020.
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) emitiu um comunicado nesta sexta-feira (27/08) instando o governo chinês a libertar imediatamente a jornalista para que ela receba cuidados médicos adequados, depois que a mãe da profissional informou pelas redes sociais que a filha definhou tanto a ponto de pesar menos de 40 quilos.
Com a greve de fome, ela busca demonstrar sua inocência e protestar contra a detenção em maio de 2020, acusada de publicar vídeos que criticavam a resposta do governo chinês à Covid-19 em Wuhan.
Desde que iniciou sua greve, Zhang é alimentada à força por uma sonda nasal. Devido ao seu enfraquecimento, teve de comparecer ao julgamento, realizado em dezembro de 2020, em uma cadeira de rodas.
O protesto não tem surtido efeito: na ocasião, ela foi condenada pelo crime de “fomentar discórdia e causar problemas”.
Zhang sempre negou todas as acusações, como vem fazendo até agora. Ela afirma que suas reportagens sobre a resposta do governo chinês ao vírus, que criticavam o sigilo e a censura, foram todas baseadas em relatos de moradores locais.
A saúde da jornalista vem se deteriorando rapidamente e chegando a um ponto crítico. Zhang teve de ser hospitalizada em 31 de julho.
Fonte: Media Talks/UOL