Marcha das mulheres indígenas defende direitos dos povos originários
Participantes da II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas manifestaram-se em defesa de seus direitos originários, territórios, corpos e espiritualidade. Marcha ocorreu em Brasília
Mulheres indígenas saíram em marcha, nesta sexta-feira (10/09) para defender os direitos dos povos originários e se manifestar contra o marco temporal, que trata da demarcação das terras indígenas, em votação no Supremo Tribunal Federal (STF).
O destino foi a Praça do Compromisso, na 704 Sul, em Brasília, onde um monumento homenageia o índio da etnia pataxó Galdino Jesus dos Santos, queimado vivo por cinco jovens de classe média, em 1997, na Asa Sul.
Segundo os organizadores, o grupo é formado por mulheres indígenas de 172 povos, de diversas regiões do país.
“As mulheres que participam da II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas manifestam-se em defesa de seus direitos originários, de seus territórios, de seus corpos e de sua espiritualidade.”
O ato estava previsto para ocorrer na quinta-feira (09/09), mas a marcha foi adiada em razão das manifestações que vinham acontecendo na Esplanada dos Ministérios desde o dia 7 de setembro, com pautas antidemocráticas e inconstitucionais.
De acordo com a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), a decisão de adiar o protesto teve como objetivo “garantir a vida das mulheres presentes”.
O julgamento do marco temporal continua na próxima quinta-feira (15/09). A votação está em curso desde o dia 26 de agosto, no STF, e deve definir o futuro das demarcações de terras indígenas no Brasil.
Fonte: G1