Modelo brasileira com Down vence preconceito e faz carreira internacional
Com apenas 19 anos, a modelo Maria Júlia Araújo representou o Brasil na Semana de Moda de Milão desfilando para duas marcas e já está deixando seu nome marcado no cenário da moda internacional
Maria Júlia Araújo, Maju para os mais íntimos, representou o Brasil na Semana de Moda de Milão ao desfilar para duas marcas nesta temporada de moda internacional.
“Quando você cresce sendo julgada, alvo de piadas e comentários cruéis, eventualmente pode se entristecer. É difícil crescer em meio a tanta maldade e ignorância. Mas eu tenho potenciais e limitações, eu sou diferente, mas não sou menos capaz que as outras pessoas. Até hoje, muita gente tenta me diminuir e afirmar que eu não mereço estar onde estou, mas sei que isso não é verdade”, disse Maju, que nasceu com síndrome de Down.
Descoberta há três anos no grupo MGT, composto por empresas que atuam no segmento artístico, inclusive na moda, a jovem conta que estudou muito para conseguir o reconhecimento desejado.
“Me descobrir, não pela beleza exterior, mas pelo poder de influência e exemplo que o cargo traz, impactou a minha vida. Me tornei uma pessoa mais autoconfiante. E mais importante que uma sociedade reconhecendo uma pessoa com síndrome de Down ocupando um cargo profissional, é o próprio autoconhecimento”, contou Maju, que, apesar da pouca idade, 19 anos, já tem uma sólida carreira internacional.
Com síndrome de Down, a jovem cruzou a passarela das grifes NCC e Libertees apresentando a nova coleção das marcas.
“Desde que comecei minha carreira como modelo, conhecer o mundo através do meu trabalho e também ser conhecida pelo mundo se tornou meu sonho!”, explicou Maju à Vogue. Ela, que é embaixadora da L’Oreal Paris, também contou como se sente ao levar mais diversidade à moda.
“Para mim é muito importante poder carregar a mensagem de que a diversidade é linda pelo mundo todo e poder inspirar outras pessoas a acreditarem em si mesmas e verem beleza em si mesmas é a minha missão!”, orgulha-se.
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Fontes: Vogue/Globo e Razões para Acreditar