Morre atriz indígena vaiada por artistas e diretores no Oscar
Em 1973, o ator Marlon Brando chocava a comunidade artística mundial ao recusar um Oscar de Melhor Ator, maior honraria que um ator de cinema pode receber, justificando que Hollywood maltratava os povos indígenas americanos, tanto nas retratações ficcionais, quanto na representatividade em elencos. Como forma de protesto, quem foi ao palco em seu lugar foi a atriz Sacheen Littlefeather, amplamente vaiada pelos artistas que compunham a plateia, em meio a uma transmissão televisionada internacionalmente.
Em 1973, o ator Marlon Brando chocava a comunidade artística mundial ao recusar um Oscar de Melhor Ator, maior honraria que um ator de cinema pode receber, justificando que Hollywood maltratava os povos indígenas americanos, tanto nas retratações ficcionais, quanto na representatividade em elencos.
Como forma de protesto, quem foi ao palco em seu lugar foi a atriz Sacheen Littlefeather, amplamente vaiada pelos artistas que compunham a plateia, em meio a uma transmissão televisionada internacionalmente.
Sacheen morreu aos 75 anos no domingo (02/10). A representante do povo originário Apache faleceu por volta do meio-dia cercada por entes queridos em sua casa em Novato, Califórnia. Ela lutava contra um câncer de mama desde pelo menos 2018 e a doença sofreu metástase nos últimos anos.
Quase 50 anos após ter sido vaiada por recusar um Oscar em nome de Marlon Brando, em protesto contra o tratamento de Hollywood aos nativos americanos, a atriz Sacheen Littlefeather foi homenageada no dia 17/09 pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Durante uma comovente cerimônia em Los Angeles, repleta de danças e canções nativas americanas, a Academia emitiu um pedido público de desculpas a Littlefeather, outrora celebrado por ativistas, mas condenada ao ostracismo por profissionais do cinema.
Mesmo como membro do Screen Actors’ Guild, o sindicato dos profissionais de cinema, a atriz teve dificuldade para encontrar trabalho em Hollywood, já que os diretores de elenco foram pressionados a deixá-la de fora das produções.
O ex-presidente da Academia David Rubin, que pediu desculpas a ela em junho, falou no sábado sobre a “carga emocional” que Littlefeather teve que suportar e o consequente “custo para (sua) própria carreira”.
Fonte: Revista Monet/ Globo